São 84 os investigadores da Universidade de Aveiro (UA) que estão entre os mais influentes do mundo, no ano de 2021, e 55 entre os mais influentes ao longo de toda a sua carreira. Os números constam da versão mais recente de um estudo que a Universidade de Stanford tem publicado anualmente. “Há uma evolução muito positiva no que respeita à UA, consistente com a grande qualidade dos investigadores e com um trabalho de investigação em franco desenvolvimento”, destaca o Reitor.
As listas publicadas no estudo que está disponível mostram dados padronizados sobre citações para cada autor, índice ‘h’ (quantifica a produtividade e o impacto do autor baseando-se nos artigos com mais citações), índice ‘hm’ ajustado por coautoria (quantifica a contagem fracionada dos artigos com mais citações), citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto (c-score) que tem como principal objetivo promover medidas de combate à autocitação. Os cientistas estão divididos por 22 áreas científicas e em 176 subáreas. Os dados foram colhidos na SCOPUS, base de dados de citações e resumos de artigos científicos da editora Elsevier.
A lista mostra que 84 destes investigadores mais influentes do mundo em 2021, num total de 200.409, têm afiliação à UA e suas várias unidades orgânicas. Por outro lado, 55 investigadores da UA estão na lista dos dois por cento de autores com maior impacto pelo seu trabalho, ao longo da carreira, num total de 195.605 investigadores.
“Nós temos o nosso caminho, as nossas ideias para o futuro e vamos desenvolvendo a atividade segundo essas linhas”, afirma o Reitor da UA. “Haverá métricas e rankings que refletem melhor, outros, refletem pior esse caminho, mas o que eu acho fundamental para a UA é ter a sua própria ideia de futuro e ir caminhando nessa direção”, salienta ainda Paulo Jorge Ferreira. O Reitor considera que este estudo tem caraterísticas que o tornam “bastante interessante”. Uma delas, explicita, é a comparação do trabalho dos cientistas dentro de cada área de estudo, e não o trabalho de investigadores de áreas diferentes, e a outra é a tentativa de minimizar o efeito de certos fatores, tais como a autocitação.
A equipa de investigadores da Universidade Standford (EUA), liderada por John Ioannidis, e o parceiro editorial Elsevier Scopus tornou pública a atualização do estudo “September 2022 data-update for ‘Updated science-wide author databases of standardized citation indicators’” onde são conhecidos os nomes dos 2% de cientistas mais influentes nas respetivas áreas científicas, compilados em duas listas.