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Águeda // Sociedade  

Greve de docentes e não docentes encerra escolas em Águeda

Esta manhã, os alunos ficaram à porta da escola sede do Agrupamento de Escolas de Águeda Sul (Marques Castilho). Também a EB Prof. Artur Nunes Vidal, em Fermentelos, se encontra hoje encerrada.

As escolas E.B. Professor Artur Nunes Vidal, de Fermentelos, e a Secundária Marques Castilho, em Águeda, encontram-se encerradas durante o dia de hoje, devido à greve da função pública.

Assistentes operacionais e administrativos, bem como educadores de infância e alguns docentes dos outros níveis de ensino juntaram-se à luta nacional pela Educação e pela Escola Pública, manifestando assim, o seu desagrado para com a forma como as negociações sobre a política educativa estão a decorrer.

Às 8h30, o protesto fazia-se ouvir de forma veemente à porta da escola sede do Agrupamento de Escolas de Águeda Sul (Marques Castilho).

Para amanhã, terça-feira, está previsto um cordão humano à porta da Escola Secundária Marques de Castilho.

Os professores, em consonância com o protesto a nível nacional, apresentam um rol de reivindicações, começando por protestar contra as propostas apresentadas pela tutela no âmbito do processo negocial para a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de professores, exigindo maior autonomia para ensinar e uma gestão das escolas por professores. Querem, igualmente, afastar as escolas de interferências políticas partidárias e autárquicas e que se reconheça a profissão como sendo de alto desgaste rápido.

Reclamam liberdade para criar e orientar as aulas (dizendo que, hoje em dia, há escolas onde se perde mais tempo com projetos e atividades das câmaras municipais e outras entidades do que a ensinar os alunos) e redução do número de alunos por turma.

Querem melhores salários e melhores escolas, bem como transparência e segurança nos processos administrativos; ensino especial com meios e por pessoas realmente especializadas; e mais tempo livre para os alunos e funcionários para garantia de segurança dos mesmos (há escolas que colocam professores a vigiar alunos no recreio, denunciam).

Pretendem ainda que se “pare com aulas de substituição atiradas para cima dos professores mais velhos” e uma “garantia de segurança dos professores”. Exigem “respeito pela graduação profissional” e “recuperação do tempo de serviço que nos foi usurpado”.