Vai a caminho dos 11 anos de existência e é a única no género, a dar cobertura aos concelhos de Anadia e da Mealhada. Falamos da Associação Quatro Patas e Focinhos, que se dedica ao resgate, proteção e defesa de cães vadios ou abandonados, neste dois concelhos vizinhos.
No ano transato, a associação conseguiu que 82 animais fossem adotados, mas que também fossem realizados oito apadrinhamentos e 48 esterilizações. Números que deixam Salomé Dias, presidente da associação satisfeita mas, em simultâneo, receosa em relação ao presente e futuro.
Adoções diminuíram
Confessa que o ano de 2022 foi “difícil e trabalhoso”, mas receia que 2023 possa vir a ser muito pior, devido ao número de adoções, que tem vindo a fazer uma trajetória descendente, “dos mais baixos de sempre”. Por isso, teme que este ano seja ainda mais dramático.
“Os meses de outubro, novembro e dezembro foram terríveis, em termos de adoções e, este ano, não está bem. Estamos a 23 de janeiro e ainda só conseguimos duas adoções”, diz, admitindo que noutro anos, os cachorros eram adotados até com alguma facilidade. E se a adoção responsável de cachorros diminuiu, então a de cães adultos ou séniores quase não se faz.
Por isso, na Quatro Patas e Focinhos existem animais há mais de uma década à espera de uma família. Mas se não houver adoções, a associação não pode recolher mais animais: “em regra, só pode entrar um novo animal quando sai um, porque não fazemos magia, nem milagres”, diz.
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