Com o objetivo de auscultar as reivindicações e necessidades das várias corporações de Bombeiros, bem como fazer um enquadramento e divulgação das oportunidades de financiamento que poderão ser aproveitadas no quadro de financiamento 2030, Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Proteção Civil, reuniu, na última segunda-feira, no Museu do Vinho Bairrada, em Anadia, vários agentes ligados à proteção civil nacional e regional.
Nesta reunião inserida num périplo de encontros que a Secretária de Estado tem vindo a levar a cabo nas 24 sub-regiões de Portugal, a presidente da autarquia anadiense, Teresa Cardoso, aproveitou a ocasião para manifestar algumas das preocupações do Município, relativamente à transferência de competências para as autarquias.
Acompanhada pelo vice-presidente, Jorge Sampaio, a edil mostrou-se ainda preocupada relativamente aos fundos do próximo quadro comunitário que serão contratualizados com as Comunidades Intermunicipais onde se prevê incluir as verbas de apoio à proteção civil.
O encontro contou ainda com a presença do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Duarte Costa, da Diretora Nacional de Bombeiros, Susana Silva, do representante da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e presidente da Câmara de Vagos, Silvério Regalado, do Comandante e 2.º Comandante Regional do Centro, do Comandante e 2.º Comandante Sub Regional de Emergência e Proteção Civil e com os presidentes das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e respetivos comandantes das várias corporações da CIRA e a Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro.
Durante este encontro, todos os demais intervenientes, além dos investimentos em infraestruturas, veículos, EPI’s ou formação, expressaram ainda a necessidade de rever a carreira dos bombeiros e a diretiva financeira e a sua aplicabilidade a todas as ocorrências. Mas, em cima da mesa, estiveram também os seguros pessoais dos bombeiros, bem como a necessidade de a tutela reforçar o apoio para pagamento do seguro das viaturas das corporações, as dívidas da saúde às associações e o apoio para o gasóleo ou a redução do seu custo, entre outras.
De acordo com a tutela, estão previstos no Portugal 2030 investimentos em infraestruturas, em sistemas de prevenção, em ferramentas de apoio à tomada de decisão e em meios de combate a incêndios rurais, apoio na elaboração de planos locais, sub-regionais ou regionais de prevenção e gestão de riscos e reforço da informação, sensibilização e competências em gestão de crises, num valor indicativo de 122 milhões de euros, dos quais 42 milhões serão afetos à Região Centro.