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Anadia // Cultura  

André Sardet: “Não quero que 25 anos seja sinónimo de um fim de linha”

O espetáculo está marcado para este sábado, dia 25 de março, pelas 21h, no Cineteatro Anadia.

André Sardet abre a edição deste ano dos “Concertos de Primavera” em Anadia. O espetáculo está marcado para sábado, dia 25, pelas 21h, no Cineteatro Anadia. O artista irá partilhar com o público os seus êxitos acumulados, ao longo de uma carreira de 25 anos, dedicados às canções, com destaque para o álbum “Ponto de Partida”. O cantor e compositor de Coimbra abre ao JB o pano deste concerto e de um quarto de século de música.

JB: São 25 anos de canções, de palcos… como olha para este quarto de século?
André Sardet: Olho com muito orgulho! Quando comecei, não sabia até onde poderia chegar e como seria a evolução da minha carreira.
Hoje, sinto que foi rápido mas sempre assente em trabalho, dedicação e respeito pelo público que me segue. Costumo dizer que não tenho uma profissão, tenho uma vida. Uma vida que levo muito a sério e em relação à qual nunca é possível desligar, fechar a porta do escritório ou esquecer por um determinado período de tempo.
A música sai do coração e não importa o lugar onde estou, se estou de fim de semana, de férias ou a caminho de um concerto.

JB: Aconteceu tudo como estava previsto?
André Sardet: Nada estava previsto… essa é a magia da música e da vida. Viver para escrever e aproveitar sempre as portas que se abrem.

JB: Que mais sentiu nestes 25 anos? “Foi feitiço”, teve “um anjinho da guarda” ou descobriu que a música é “um mundo de cartão” onde certamente não anda “aos papéis”…?
André Sardet: Foi um pouco de tudo. Foi um pouco uma vertigem, algo que não se controla mas onde caminhei com um foco bem definido: não ser mais um na música portuguesa.

JB: Manteve sempre esse cunho musical ou sentiu um amadurecimento no trabalho? O público notou isso?
André Sardet: Houve ao longo do tempo alterações da minha personalidade e da minha sonoridade. As duas coisas estão ligadas. Todos nós evoluímos numa determinada direção e isso faz-nos escolher ou decidir de uma determinada forma. Acho que encontrei a minha sonoridade no terceiro álbum e depois disso fui sendo condicionado por músicas que ouvi, viagens que fiz e histórias que me contaram.

JB: Lançar um álbum com o nome de “Ponto de Partida” é voltar atrás?
André Sardet: É um recentrar. Andei um bocado “elétrico” durante uns anos. Hoje não me apetece tanto…

JB: Este álbum nos vai mostrar “O azul do céu” da sua carreira?
André Sardet: Estou muito feliz com este álbum e acho que demonstra muita vitalidade criativa. Não quero que 25 anos seja sinónimo de um fim de linha. Estou para ficar e continuar.

JB: Celebrar 25 anos com outros grandes nomes da música ao lado e grandes palcos é mesmo festejar…
André Sardet: Não me esqueci como foi começar, como foi estar a meio da carreira e chegar a esta fase, achei que devia ter estas três fases representadas através dos meus convidados.
Quis ter várias gerações neste álbum, o primeiro single, “Pudesse Eu Mudar”, com a Bianca Barros, a regravação do “Frágil” – um tema do primeiro álbum – em dueto com o grande Jorge Palma e ainda “Foi Feitiço” com Carolina Deslandes, que vem de uma geração onde há músicos que têm uma mente muito mais aberta do que as pessoas da minha geração… Fazem cocriação artística e misturam géneros sem preconceitos e isso é uma vitória da música portuguesa que eu quis homenagear. São pessoas com quem me cruzei ao longo destes anos todos, com quem estabeleci uma relação de amizade, de proximidade, e de respeito musical.

JB: Para este ano, o “Ponto de Partida” vai viajar pelo país. Há muitos espetáculos já marcados?
André Sardet:
Sim, são já muitas as datas marcadas. Será o ano de ir com o “Ponto de Partida” para a estrada, de Norte a Sul de Portugal. A grande maioria das datas ainda não pode ser comunicada, mas deixo os principais destaques para estes 2 meses. Depois do “Ponto de partida” ter sido dado no Tivoli BBVA, no próximo dia 25 de março irei estar no Cineteatro Anadia, no dia 1 de abril no Convento São Francisco em Coimbra, no dia a seguir no Grande Auditório do Altice Forum Braga e ainda a 21 de abril no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, no Algarve.

JB: Que mensagem queres deixar aos vizinhos bairradinos antes deste concerto em Anadia?
André Sardet: Aos vizinhos bairradinos, deixo o convite para que venham assistir ao espetáculo, e que celebrem comigo estes 25 anos cheios de boas memórias. Ainda há bilhetes disponíveis!