Foi aprovado, na última reunião de Câmara, o projeto de arquitetura para a Requalificação do Centro Urbano de Oiã, que aguarda agora uma janela para uma candidatura a fundos comunitários.
O projeto, cujo esboço foi apresentado à população em novembro de 2021, vai ser concretizado em três fases, atendendo às características de cada um dos espaços.
Entretanto, a primeira intervenção deste projeto global vai avançar muito em breve, após aprovação também pela Câmara Municipal do procedimento para a abertura de concurso público, com um preço base de 535 mil euros, acrescidos de IVA.
Esta primeira empreitada é respeitante à criação de um espaço de lazer e de uma ligação pedonal entre a Praça do Cruzeiro e o edifício da Junta de Freguesia de Oiã.
O presidente da Câmara, Duarte Novo, aponta que este espaço “que servirá os habitantes de Oiã, mas também os seus visitantes”, inclui “um anfiteatro natural, com um palco 360 graus, que vai permitir vários tipos de utilização”.
A “preocupação com a inclusão” foi tida em conta neste projeto, e o espaço contará também com um parque infantil com equipamentos inclusivos para crianças com necessidades especiais, “nomeadamente painéis lúdicos e um baloiço que permite também socializar e fomentar a coordenação motora”. Para o público adulto, vão ser implementados equipamentos de exercício físico.
Projeto global para privilegiar o peão
Aquele primeiro avanço da obra foi apresentado em reunião de câmara, no passado dia 25 de maio, onde foi aprovado também o projeto global de arquitetura da Requalificação do Centro Urbano de Oiã, que vai ser concretizada em três fases, numa extensão de cerca de 4,2km lineares, que englobam a Rua Conde de Águeda, a Rua 30 de Junho, a Travessa Lavoura, a Rua Dr. Ângelo Graça, a Rua Colégio, a Rua Escola C+S, a Rua Vieiro, a Rua Tuna Oianense, a Rua Eng. Agnelo Prazeres e a referida ligação da Praça do Cruzeiro à Junta de Freguesia – Zona de Lazer.
Duarte Novo lembrou que os traços gerais da apresentação feita em novembro de 2021 são “os traços que hoje vêm aqui para aprovação”.
De acordo com o autarca, o projeto em si “assemelha-se em muitas características àquilo que foi a requalificação urbana da zona central de Oliveira do Bairro, quer nos materiais, quer na simplicidade, onde a mobilidade – em particular do peão – é uma prioridade. Um dos grandes objetivos é dar urbanidade ao centro de Oiã e retirar o trânsito pesado do centro, como aconteceu nas Ruas Tavares de Castro e na Cândido dos Reis”.
Para além da criação de passeios e de zonas de estacionamento, com materiais semelhantes aos utilizados em Oliveira do Bairro, serão reabilitados pavimentos e um conjunto de trabalhos ao nível de infraestruturas de águas pluviais, iluminação pública e alimentação elétrica, telecomunicações, sinalização horizontal e vertical de segurança, necessários para o normal funcionamento da rede viária a intervencionar.
Os investimentos preconizados no projeto de arquitetura começam logo pela mudança radical na iluminação pública, que será enterrada no solo, assim como as comunicações e águas, com a autarquia a envolver a EDP, a AdRA e empresas de comunicações nesta obra.
Este projeto de arquitetura fez o levantamento de todas as áreas a intervir e levou já a algumas negociações com particulares naquelas zonas. “Um projeto de excelência que vai permitir mais qualidade de vida para Oiã”, destacava a autarquia em 2021, onde a arquiteta do projeto Carla Neto dava conta da existência de “muitos espaços sem dignidade, com obstáculos, sem passeios e com desorganização ao nível do estacionamento”, apontando que está prevista a reformulação dos sentidos de trânsito em algumas artérias.
Para além dos referidos melhoramentos, estão previstas duas novas vias, uma delas entre a Revicentro e a Junta de Freguesia (sentido único) e a ligação da Praça do Cruzeiro à Junta, com um espaço verde e percursos cicláveis e pedonais, para além da criação de um espaço verde e revitalização do parque em frente à igreja.