O Município de Águeda só assina o auto para a descentralização de competências na área da Saúde quando estiver a funcionar a unidade de saúde de Belazaima do Chão, disse esta sexta-feira ao JB o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida.
O autarca informou que foi contactado pelo Gabinete do Ministério da Saúde para que o Município viesse a assinar o auto de descentralização de competências, mas respondeu de imediato que não assinaria o documento enquanto o mesmo não contemplasse todas as unidades de saúde do concelho, uma vez que tal auto deixava de fora a unidade de saúde de Belazaima.
“Não assino presentes envenenados nem cascas de banana”, disse Jorge Almeida, achando estranho que “tanto a ARS Centro como o ACeS do Baixo Vouga tenham desistido deste objetivo, quando o gabinete do Ministério da Saúde acaba de dar razão à Câmara de Águeda e diz ter já transmitido àquelas entidades locais e regionais da Saúde a necessidade de manter aquela unidade”.
Para o autarca aguedense “há condições e equipas para que a unidade volte a funcionar e nós somos irredutíveis quanto a isso. Só assinamos o auto quando tivermos a unidade a funcionar”, reiterou.
Entretanto, Jorge Almeida lembra que a Unidade de Saúde Familiar “Souto Rio”, que começou esta semana a funcionar no Centro de Saúde de Águeda, dispõe, agora, de um quadro de profissionais completo, pelo que “não há motivo para que a US de Belazaima não possa funcionar”.
E mais, na conversa com o Gabinete do Ministério da Saúde “foi assumido que tudo iria ser feito para que esta unidade seja integrada no mapa de unidades de saúde do concelho de Águeda”.
Este é um dos assuntos que vamos desenvolver na próxima edição impressa, tentanto, até lá, as reações dos organismos locais e regionais de saúde.