Cantanhede é o município que, na Região de Coimbra, registou o maior equilíbrio orçamental em 2022, encontrando-se na 30.ª posição do ranking nacional neste indicador relativo à taxa de cobertura da receita corrente sobre a despesa corrente mais a média das amortizações dos empréstimos de médio e longo prazo.
Esta avaliação consta da última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, recentemente tornado público, e resulta do saldo positivo de 4.554.990 euros entre aquelas duas variáveis, obtido pelo executivo camarário liderado por Helena Teodósio, mais 1.031.825 euros do que em 2021.
Segundo a autarca, “este dado reflete o forte comprometimento da Câmara Municipal com o objetivo de reforço da sustentabilidade financeira, uma vez que o equilíbrio orçamental também concorre para isso, conforme decorre do facto de terem sido devidamente acauteladas as receitas necessárias para cobrir as despesas e, portanto, prevenindo o risco de entrar em défice”.
Helena Teodósio refere-se “à importância do bom desempenho da autarquia a este nível”, enfatizando o facto de ter sido conseguido “num período de investimentos significativos e em que, ao mesmo tempo, foi necessário aumentar consideravelmente a despesa corrente em várias rubricas para atender às exigências da conjuntura e muito especialmente para suportar o crescimento dos encargos decorrentes da assunção de novas competências transferidas da Administração Central”.
“Fizemo-lo sem aumentar os impostos municipais num contexto em que as verbas recebidas para o exercício das novas competências ficaram muito aquém do necessário, o que não é coisa pouca”, sublinha.
A presidente da Câmara de Cantanhede congratula-se com o “cumprimento do equilíbrio orçamental”, para o qual foi determinante “o rigor dos serviços camarários, quer na contenção da despesa, quer na concretização de um criterioso plano de investimentos”.
É de salientar ainda que a autarquia cantanhedense encerrou as contas de 2022 sem dívidas a fornecedores e com todas as faturas entradas até 31 de dezembro liquidadas, “dados reveladores de uma disponibilidade de tesouraria muito favorável e que ajuda a explicar os 16 dias de prazo médio de pagamento aos fornecedores registados ao longo do ano”.