Com o objetivo de ajudar três crianças (uma do concelho de Anadia e duas do município de Cantanhede) que necessitam de tratamentos e terapias que não são comparticipados pelo SNS, a Associação de Voluntários de Ferreiros (AVF) volta a realizar uma caminhada solidária.
Depois do sucesso da primeira edição, realizada no último ano, esta associação da freguesia da Moita – Anadia regressa com uma nova edição, desta feita para ajudar a pequena Beatriz, de 10 anos; o Mateus, de apenas 3 anos e a Camila, de 8 anos.
A caminhada solidária está agendada para o dia 3 de março (domingo) e terá uma distância de 10 quilómetros. Com início e final na sede da associação, em Ferreiros, o repto de Ana Costa, presidente da direção da AVF, é lançado a “todas as pessoas que se sintam tocadas pela vontade de ajudar este verdadeiros heróis”.
Ao JB avança que a associação, em 2023, conseguiu ajudar outras três crianças, com um apoio financeiro de cerca de 1600 euros para cada uma. Agora, coloca a fasquia mais alta e avança que a AVF gostava, nesta edição, de ultrapassar os 500 participantes da edição anterior: “este ano o objetivo é chegar às 600 ou 700 pessoas. Seria muito bom, porque poderíamos ajudar um pouco mais as famílias destas crianças, que se debatem com tratamentos e terapias que são muito caros e não são comparticipados”.
O preço de cada inscrição é de 10 sorrisos, com direito a t-shirt e reforço (bifana) à chegada.
Tal como na edição anterior, a AVF conta com o apoio e colaboração do Club Saca Trilhos de Anadia, da Câmara Municipal de Anadia e da Junta de Freguesia da Moita, Escuteiros, entre vários outros parceiros e colaborações provenientes de estabelecimentos comerciais do concelho.
Ana Costa sublinha ainda que, nesta atividade, a associação não tira qualquer receita, já que esta é uma das muitas iniciativas que realizam durante o ano, sendo esta de puro voluntariado e de apoio e ajuda ao próximo.
Os interessados podem contactar Victor Miranda – 966796671; Eduardo Pina – 917418098 ou Regina Santos – 913475869.
Três casos distintos
A pequena Beatriz sofre de paralisia cerebral espástica bilateral. Vive em Rios Frios – Cantanhede. Não anda e faz fisioterapia todas as semanas desde os dois meses de idade. Já conseguiu atingir bastantes progressos mas necessita de continuar os tratamentos.
O Mateus vive em Grada – Anadia. Autista não verbal, tem dificuldade na comunicação e na relação com o outro e o mundo que o rodeia. Não lida bem com o stress e necessita de terapia intensiva que, nesta idade, irá fazer toda a diferença no seu desenvolvimento.
Já a Camila, que é de Sepins, Cantanhede, sofre do Síndrome de Sturge-Weber Meacernet. Tem incapacidade na linguagem, na marcha e necessita de terapias da fala e ocupacional e fisioterapia contínua, para além de ajuda total para todas as atividades diárias.