Manuel António de Oliveira e Leopoldina Ferreira casaram-se a 14 de janeiro de 1949. Ele tinha 19 anos; ela, 16. A união foi celebrada em casa dos pais da noiva, no Sobreiro, Bustos, com autorização dos respetivos progenitores, já que eram ambos ainda menores (só em 1977, a maioridade baixaria dos 21 para os 18 anos).
Perante o conservador, os pais e os padrinhos, fizeram juras de amor eterno. Um amor que já dura há 75 anos e que continuará a somar, “até que a morte os separe”.
Naquele dia feito de memórias que perduram no tempo, não houve grande festa. “Não tivemos mais convidados do que estes. Não havia dinheiro para nada”, conta Manuel Oliveira. A vida a dois, que se foi multiplicando em filhos, netos e bisnetos, foi alicerçada em sacrifício e compreensão. “O segredo? É perdoarmo-nos um ao outro, não guardar rancores nem ódios”, partilha a esposa Leopoldina, reforçando que “houve muitos altos e baixos, desde a falta de dinheiro – porque naquele tempo era tudo muito difícil… -, até às doenças, mas tudo se ultrapassou”.
Carinho, conforto e companhia
Hoje, Manuel e Leopoldina vivem em Bustos, com a sobrinha Cidália Pedro, e o marido, Vicente Pinto. “Temos carinho, conforto e companhia. Estamos bem”, afirma o casal que acaba de completar Bodas de Diamante. Naquele dia 14 de janeiro que recordam com emoção, casaram-se mais três casais. “[Casal] completo, já só estamos nós. Os outros já morreram quase todos”, lamentam.
No dia em que assinalaram 75 anos, agradeceram a Deus pela vida e o amor que os une, na Igreja Matriz de Bustos.
Leia a história completa no especial Casamentos, edição de 25 de janeiro de 2024 do JB