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Águeda

AgitÁgueda “deve evoluir para modelo de autofinanciamento”, diz vereador do PS

No entender do vereador da oposição, “os grandes eventos, nomeadamente, os espetáculos de fim de semana com artistas de referência nacional, devem passar a ser pagos por quem os frequenta”.

Foto de arquivo

Na opinião de Luís Pinho, vereador da câmara de Águeda eleito pelo PS, o AgitÁgueda deve evoluir para “um modelo de autofinanciamento”, nomeadamente, através da introdução de entradas pagas nos espetáculos de maior dimensão. Em vésperas de arrancar mais uma edição do festival de artes, o autarca socialista aproveitou a reunião de câmara da passada quinta-feira, dia 4 de julho, para defender uma solução para o certame “que passe a onerar menos os cofres do município e liberte meios para outras realizações”.

“O valor do orçamento da festa tem vindo a crescer de ano para ano, mas, nalguma altura, isto vai ter de parar. Os dinheiros públicos têm de ser geridos com parcimónia. Hoje, com a projeção da marca AgitÁgueda, é possível começar a efetuar algum retorno do investimento efetuado ao longo dos anos”, acredita Luís Pinho. No entender do vereador da oposição, “os grandes eventos, cuja contratação representa a maior fatia do orçamento da festa – nomeadamente, os espetáculos de fim de semana com artistas de referência nacional – devem passar a ser pagos por quem os frequenta”.

O executivo liderado por Jorge Almeida, por seu turno, defende que deve continuar a ser o município a assumir os custos. “O nosso modelo tem sido este e a ideia é desenvolvê-lo”, informou o presidente da câmara. “O AgitÁgueda é a festa de Águeda e queremos que todos os aguedenses a sintam como sua. [O evento] tem melhorado ano após ano e estamos muito otimistas por percebermos que continuará a crescer. É um cartão de visita da nossa terra e traz-nos o mundo”, referiu, sublinhando que, “a partir do momento em que o AgitÁgueda passe a ter alguma coisa reservada, estragamos a festa”.

Segundo Luís Pinho, contudo, este é “um não-argumento”. O socialista está convicto ser possível “rentabilizar o investimento do município sem descaracterizar a festa”. “Ninguém está a pedir dez, 20 ou 30 euros por bilhete”, mas sim um “valor simbólico que, pelo menos, ajude a cobrir as despesas de maior valor”, esclarece.

Afonso Ré Lau