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Águeda // Sociedade  

Vento descontrolado complica combate ao incêndio em Águeda

Neste momento, a Alagoa (às portas da cidade) é uma das zonas mais críticas, havendo um corte total da estrada EN333, entre as Talhadas e Águeda.

Foto: LUSA (esta noite, na Cumeada)

O incêndio que lavra em Águeda complicou-se durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos, e ao início da manhã de hoje a situação estava novamente descontrolada, segundo avançou o presidente da Câmara.

Neste momento, a Alagoa é uma das zonas mais críticas, havendo um corte total da estrada EN333, entre as Talhadas e Águeda. As empresas da Alagoa foram mesmo motivo de preocupação nas últimas horas, com os bombeiros e vários voluntários a protegerem, como podiam, algumas fábricas que ali se encontram. O caso mais complicado verificou-se na empresa Ferrão e Guerra (porém, sem consequências graves), mas outras empresas viram-se seriamente rodeadas de chamas, como a Macafer, na Cumeada (Valongo do Vouga).

A zona do Préstimo é também, neste momento, outra que obriga a cuidados redobrados.

Como medida preventiva, foram encerrados todos os estabelecimentos de ensino do concelho.

A IPSS Bela Vista informou, na sua página no Facebook, que está em funcionamento para os filhos de todas as famílias dos seus utentes, que direta e indiretamente estão a apoiar os fogos e não têm retaguarda.

Durante a noite, houve populações em risco, nomeadamente no lugar da Maçoida, e Cavadas (Vale Domingos), onde a GNR chegou a evacuar algumas habitações até à chegada dos bombeiros.

Outras povoações como a Giesteira (Águeda), e Veiga e Cumeada (freguesia de Valongo do Vouga) viveram momentos de pânico e estão em alerta.

Em declarações à agência Lusa ao início da manhã de hoje, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se “complicou extraordinariamente” – com a alteração do vento e os reacendimentos, “pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios”.

“Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado”, disse o autarca, explicando que o fogo “está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade”.

Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas.

Houve também um lar do concelho evacuado ontem, o Lar Senhora da Esperança, de Á-dos-Ferreiros, apenas por precaução e por decisão da direção, tendo os clientes sido transferidos para as instalações da Santa Casa da Misericórdia local.

De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de ontem (terça-feira), 33 pessoas foram apoiadas em Águeda.