Adruzílio Lopes (piloto três vezes campeão nacional), Rui Madeira (o primeiro piloto de rali português a conquistar um título de rali da FIA), Cláudio Nóbrega, José Jarimba (ícones dos ralis da Madeira), e Frank Kelly, piloto irlandês que, nos últimos anos, marca presença no Legends, são alguns dos nomes sonantes que, de 25 a 27 de outubro, prometem atrair milhares de visitantes ao território Mondego-Bussaco.
Está aí a 8.ª edição do Rally Legends, a prova que reúne carros e pilotos dos míticos anos 70, 80, 90 até aos dias de hoje, num percurso que abraça a serra do Bussaco e os Municípios da Mealhada, Mortágua e Penacova.
“O Rally Legends é mais do que uma prova desportiva, é uma prova social e culturalmente interessante, com pilotos que vêm para competir, com carros de um valor incalculável, mas vêm também para contar as suas histórias e divertirem-se”, referiu Diogo Ribeiro, do Clube Luso Clássicos, organizador da prova, que foi apresentada na passada quinta-feira, no Palace Hotel do Bussaco.
O evento conta com apoios dos três municípios onde a ação acontece, bem como da Turismo Centro Portugal.
O turismo foi uma das vertentes mais destacadas por Diogo Ribeiro e Tony Luís, do Luso Clássicos, tendo este sublinhado que, “em retorno direto, e em contas simples, só pegando na hotelaria do Luso – que está lotada no fim de semana do evento e com muitas reservas no anterior -, na restauração e noutras despesas que se fazem nesses dias, estamos a falar, facilmente, de 220 mil euros”.
Quanto ao espetáculo automóvel, este está garantido, em terras Mondego- Bussaco, com um limite de 70 veículos. “Temos 123 carros inscritos, mas não conseguimos ir além dos 70, de forma a dar mais conforto à prova e a permitir um melhor atendimento a cada participante”, frisou Diogo Ribeiro.
No Rally Legends, os veículos até 1983 são designados como “Legends Históricos”, mas também há espaço para outros veículos que ocupam as categorias de Legends Míticos, Sport e Open/ Show, sempre sob o olhar atento dos espectadores. A festa invade o Luso e os concelhos de Mealhada, Mortágua e Penacova, com a apresentação e partida simbólica das equipas participantes agendada para as 18h30 do dia 25, no Luso. esperam-se milhares de pessoas, de todo o país e até do estrangeiro, a acorrer às provas e troços, alguns históricos do Rali de Portugal, como o Troço dos Cinco Caminhos, na zona de Penacova. Do programa destacam-se os troços nos dias 26 e 27, no contexto da Serra do Bussaco, e ainda os momentos de exibição das máquinas ao público em ambiente citadino.
Turismo e economia
A mais-valia em termos turísticos foi realçada pelos três autarcas, dos territórios que constituem a marca Mondego-Bussaco. “É um evento que vai até muito além da estratégia Mondego-Bussaco, pela sua projeção nacional e internacional. É uma mais valia a nível económico para os três municípios e para o Centro de Portugal”, sublinhou António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada.
Para Álvaro Coimbra, presidente da Câmara de Penacova, o evento “encaixa na estratégia Mondego-Bussaco, que assenta em três eixos – património, vinho e natureza -, e é um mix de todas esta coisas, que nos levam ao turismo, enquanto motor do país. Estamos dentro desta estratégia de desenvolvimento”, referiu.
Ricardo Pardal, autarca de Mortágua, acredita que esta oitava edição será a de “reconhecimento, afirmação e consolidação do Legends no panorama nacional e internacional”. “A nossa identidade territorial e o gosto de saber receber tem feito um caminho para o desenvolvimento. Esta parceria vai-se consolidando e os resultados aparecem”.
Também Raúl Almeida, presidente da Turismo Centro Portugal (TCP), sustentou a necessidade deste tipo de eventos para a promoção dos territórios e coesão territorial. “Vejo o projeto Mondego Bussaco com bons olhos. O Rally Legends é um evento âncora que reforça esta marca e os produtos que existem no território.” Raul Almeida considera importante para a TCP haver este tipo de eventos, que permitem, nomeadamente, combater a sazonalidade. “A nossa aposta vai nesse sentido, apoiando eventos fora da época alta, que contribuem para os números positivos do turismo e promovem a coesão territorial”.