A monumental Igreja de Bustos é, sem dúvida, uma obra que envaidece todos os paroquianos, em especial os que conhecem a origem da sua criação. Contudo, também às gerações mais novas, ficará bem dar-lhes a conhecer alguns tópicos sobre o erguer desta grandiosa obra e que passamos a expor.
A sua construção iniciou-se com a bênção da primeira pedra, pelo Bispo, D. Domingos da Apresentação Fernandes, a 9 de agosto de 1956. Uma semana depois, a 16 de agosto, o nosso conterrâneo, construtor Evaristo Pinto, riscou, no chão, os respetivos alicerces e deu início às fundações a 1 de julho de 1961.
No dia 21 de outubro de 1962, iniciou-se o levantamento das abóbodas da obra, sob a supervisão de Manuel dos Santos Pato (eng.) e do encarregado, Manuel Martins, a qual foi desenhada pelos arquitetos António Carneiro e Neftali Lucena.
Os terrenos para a sua implantação custaram 260 contos, sendo a obra adjudicada pelo valor de 1.250 contos, podendo, depois de concluída, albergar 600 pessoas sentadas ou 1.200 em pé e mais 300 no coro.
Trata-se, portanto, de uma obra imponente e talvez única no país, tendo em conta a respetiva tipologia, tendo como dinamizador principal, o então pároco, Pe. António Henriques Vidal e o seu antecessor, Pe. João Batista Simões, que tiveram, a título gracioso, a colaboração de toda a comunidade bustoense, cedendo carros de bois para transporte de materiais, mão de obra, comida desde o início, não esquecendo o Silvério Pedreiras, que pôs à disposição a sua camioneta e, ainda, as dádivas monetárias do povo, emigrantes de todo o mundo, associações locais, empresas e anónimos.
Lembramos ainda que esta nova igreja ficou concluída em 8 de Dezembro de 1964, “Dia da Imaculada Conceição”, substituindo, assim, a antiga igreja de Bustos que, consta-se, já havia sido reconstruída em 1739.
O local foi ajardinado e passou a ser conhecido como “Largo da Igreja Velha”, tendo ali sido colocado um grande painel com uma fotografia que a perpetua.
Em dia de comemoração, o atual pároco, Pe. Pedro José, na missa dominical, fez questão de, na homilia, salientar a data com um apontamento muito oportuno sobre a igreja que dirige, lembrando, com um grande bem haja, todos os seus antecessores, que a preservaram com o mesmo carinho.