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Anadia // Sociedade  

Alcindo Oliveira apresenta “Um Cruzeiro Sui Generis”, um livro para bem-humorados

A apresentação da obra ocorreu no passado sábado, 18 de janeiro, na Biblioteca Municipal de Anadia.

“Escrever é fácil para muitas pessoas, mas publicar e apresentar não é para todos, é para os corajosos.” Foi enaltecendo a coragem de Alcindo Oliveira, que Eunice Oliveira, filha do autor, deu início à apresentação do livro “Um Cruzeiro Sui Generis”, que ocorreu no passado sábado, dia 18 de janeiro, na Biblioteca Municipal de Anadia (BMA).

Após uma pequena apresentação do autor, foi a vez de tomar a palavra o padre Vítor Espadilha, que, com o seu humor característico, falou da sua experiência também num cruzeiro. Ao dar conta das muitas aventuras que viveu, acabou por dar uma pequena perceção do que iria acontecer no livro de Alcindo Oliveira, inspirado numa viagem feita, pelo autor, a bordo de um cruzeiro.

“O Alcindo fez um cruzeiro e acompanhei pelo Facebook. Disse-lhe que devia escrever e partilhar as suas experiências”, contou o Padre Vítor Espadilha. E assim foi. Com ficção pelo meio, Alcindo Oliveira escreveu um livro sobre as aventuras e dramas que podem acontecer a bordo de um cruzeiro.

“É um livro incrivelmente atraente e não dá para parar de ler. Parei de ler de propósito, para acabar apenas após a apresentação oficial do livro”, confessou o pároco. Apesar de ainda não o ter acabado, apercebeu-se de que “cada personagem permite caracterizar um elemento da sociedade e está escrito com uma linguagem que lembra os clássicos portugueses, dos anos 30”. Para além disso, constatou uma faceta do autor que não conhecia, “que este homem sério, imponente, de barba, afinal é uma criança com um sentido de humor refinado e que a idade não apaga a criança que temos em nós.”

Este livro é, para o padre Vítor, a “visão de um menino que fez um cruzeiro”, recomendando a leitura da obra. “Este é um livro que vai deixar marcas.”

Bem-aventurados os bem-humorados

Chegou a vez do autor dar umas palavras acerca da obra que escreveu, que certamente “não é direcionada para pessoas sem sentido de humor”. “Nunca devemos perder o sentido de humor. Na minha perspetiva, isto é tão importante como as nove Bem-Aventuranças. Eu sugiro que se acrescente uma décima: Bem-aventurados sejam os bem-humorados, porque são eles que põem este país a rir, quando há vontade de chorar”, disse Alcindo Oliveira em tom de brincadeira.

O autor dedicou a obra à filha – pois foi graças à sua teimosia que o publicou -, às netas e à falecida mulher. Agradeceu a presença de todos, à BMA, em particular a Sílvia Fernandes, técnica responsável, ao Padre Vítor Espadilha, pela apresentação que fez do livro e ao vice-presidente da Câmara Municipal de Anadia, Jorge Sampaio, que também marcou presença no evento.

“O Alcindo, pessoa que já conheço há muitos anos, não é um escritor qualquer e, portanto, tinha de estar presente”, afirmou o vice-presidente da câmara municipal. “Já conhecia esta faceta do Alcindo, de pôr em palco a alma de outros que escreveram, mas nunca pensei que fosse ele próprio a pôr em papel o que lhe vai na alma, e isso é estupendo, pois teve a coragem que muitos não têm de publicar a sua alma”, acrescentou Jorge Sampaio.

Não podia deixar de agradecer em nome da Câmara Municipal de Anadia, por ter escolhido a BMA para fazer a apresentação deste “livro abençoado” e deixou o desafio para seja apenas o primeiro livro, e que “em breve estejamos todos aqui para o lançamento do segundo”.