A Câmara Municipal de Águeda promove, nos dias 14 e 15 de março, o 1.º Fórum nacional dedicado às Bandas Filarmónicas Portuguesas.
O Encontro, no Centro de Artes de Águeda, propõe uma reflexão sobre a importância das Bandas Filarmónicas e o seu contributo para a construção social e musical da sociedade portuguesa.
A iniciativa vai envolver quatro painéis, quatro mesas redondas e momentos culturais. Irá reunir maestros, compositores, músicos, investigadores, diretores artísticos, dirigentes associativos e institucionais, que vão abordar os mais de 200 anos de património filarmónico nacional e refletir sobre os desafios que se colocam às Bandas no contexto atual.
“Águeda tem um património vivo, rico e dinâmico, de enorme valor cultural, referenciado em todo o país pela sua excelência, que orgulha os aguedenses e que queremos continuar a apoiar e preservar”, declarou Edson Santos, vice-presidente da Câmara, salientando que este Fórum é uma das atividades pensadas e enquadradas na aposta municipal de dinamização da atividade das bandas.
Iniciado em outubro passado com a exposição “Amor à Escuta” – patente até final de dezembro de 2024, teve por objetivo destacar o riquíssimo património histórico das Bandas Filarmónicas do concelho de Águeda, que no seu conjunto completam 732 anos de dedicação a esta atividade, e onde pretendeu “mostrar a riqueza da nossa música, a excelência das nossas Bandas e da nossa história” – vai culminar com uma grande exposição de cariz nacional, ainda este ano, sobre a atividade das Bandas Filarmónicas no país.
Águeda poderá ter Centro de Investigação
Um dos temas que vai estar em discussão no encontro agendado para os próximos 14 e 15 de março é a possibilidade de criação de um Centro de Investigação em Águeda, com ligação ao Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em música e dança (INET-MD), especializado nas bandas.
Criar uma plataforma para um debate mais regular sobre as ideias e estratégias para as Bandas Filarmónicas, discutir o potencial de criação de uma rede nacional envolvendo as mais de 700 bandas existentes em Portugal e refletir sobre o potencial da formalização da formação musical que é feita por estas estruturas junto dos Ministérios da Educação e da Cultura são outros pontos em discussão neste encontro de dois dias em Águeda.
Os vários intervenientes neste fórum vão discutir ainda o potencial de iniciar um processo para elaborar um Documento Estratégico para os próximos 15/20 anos das Bandas Filarmónicas Portuguesas.
Programa do encontro
A sessão de abertura do evento, a cargo de Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, está marcada para as 10h da próxima sexta-feira, dia 14.
O ensino da música nas bandas, a valorização e o futuro da ação pedagógica das bandas é o tema de fundo do primeiro painel do encontro, agendado para as 10h30. Seguir-se-á, a partir das 15h, a sustentabilidade financeira das bandas, seja através da oportunidade de financiamentos e candidaturas, seja através do mecenato ou outros modelos.
Ao final da tarde, entre as 17 e as 18h, vão decorrer quatro mesas redondas, de forma simultânea em diferentes espaços do Centro de Artes de Águeda. “Memória, Conhecimento, Património e Arquivo”, “Financiamento e Candidaturas Internacionais”, “Investigação sobre as bandas filarmónicas: ensino universitário” e “Desafios Geracionais” serão os temas em discussão.
Para o segundo dia do encontro (15 de março, às 10h30 e às 15h) estão preparados dois debates: um sobre “Novos desafios estéticos e do modelo de apresentação do trabalho das bandas” e outro sobre as “Bandas e a comunidade”, num reconhecimento do papel social das bandas enquanto catalisador da disseminação artística e cultural das sociedades.
Edson Santos, vice-presidente da CMA, encerrará, às 17h, o encontro, a que se seguirá um momento cultural.
Mais informações sobre a programação no site do CAA.