A Rua das Agras, nas Agras de Cima (Oiã), tem novos abrigos nas paragens de autocarro. Há, porém, uma delas – “Paragem Agras 2” – cuja localização não foi bem aceite entre os moradores.
O abrigo, entre os n.ºs 58 e 62 da Rua das Agras, foi construído no passeio e apanhando uma curva, o que dificulta a visibilidade à saída de casa, queixam-se os moradores. Para além disso, os moradores em causa cederam para domínio público, há 32 anos, 214 m2, destinados a beneficação daquela estrada municipal, de forma a “suavizar” aquela curva. “Cedemos o terreno para termos visibilidade para a estrada, e afinal agora a Câmara Municipal veio construir precisamente no mesmo sítio, uma paragem de autocarro”, constata José Marques, acrescentando que, “de manhã, a visibilidade é ainda mais reduzida, porque o vidro fica embaciado. Ainda por cima, é uma estrada onde os veículos circulam com muita velocidade”.
No início da construção do abrigo, há cerca de um mês e meio, foi enviada, por Francisco Marques (filho de José Marques) uma carta ao presidente da Câmara de Oliveira do Bairro (CMOB), questionando esta situação, “mas que não obteve resposta”.
Ao JB, é o vice-presidente da CMOB, Jorge Pato, quem presta esclarecimentos sobre o processo que, admite, “não é fácil de resolver”, estando a ser avaliados os argumentos para tomar uma decisão que, depois, será comunicada ao morador. Quanto à escolha do local, foi efetuada após reflexão sobre as soluções possíveis. “Inicialmente, foi ponderada uma localização mais a nascente. No entanto, juntamente com o presidente da Junta de Freguesia de Oiã, verificou-se não ser a opção adequada, devido à existência de infraestruturas que impedem a disponibilidade do espaço necessário.” Jorge Pato adianta que o abrigo foi colocado em espaço público “e não afeta significativamente a visibilidade”, até porque, acrescenta, “é frequente estarem automóveis estacionados indevidamente naquele local”.
O autarca justifica ainda que o passeio “é bastante largo”, pelo que a existência do abrigo não interfere na circulação de viaturas.
O vice-presidente garante que Câmara e Junta continuam a procurar o local mais adequado, o que será decidido em breve, realçando que a existência destes abrigos é uma reivindicação antiga da população. “A esmagadora maioria dos utilizadores dos autocarros são os alunos das nossas escolas e, no inverno, os abrigos ajudar a evitar que cheguem molhados à escola”.
Nos últimos anos, foram colocados pelo Município cerca de 80 abrigos. As situações de insatisfação por parte de proprietários de terrenos e casas estão a ser resolvidas caso a caso.