Perto de 380 pessoas estiveram presentes no almoço de aniversário da Casa do Povo de Amoreira da Gândara. O evento, que teve lugar no último sábado, nos jardins da instituição, serviu de angariação de fundos para as obras de ampliação e remodelação da instituição, que ultrapassam os 523 mil euros.
Em dia de festa, no almoço foram angariados 13 mil euros, contudo foram ainda obtidos mais 2.500 euros em donativos de pessoas que não compareceram mas que contribuíram para a obra. Portanto, no total, o 2.º almoço de angariação de fundos rendeu 15.500 euros, a que se pode somar ainda os 2.500 euros oferecidos pela Câmara Municipal de Anadia.
Entre os muitos amigos e convidados, não faltaram Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia; Rui Almeida, deputado na Assembleia da República, eleito pelo Círculo de Aveiro do CDS-PP, que se fez acompanhar por João Tiago Castelo-Branco, presidente do CDS/PP Anadia; os presidentes da Assembleia da Freguesia e da Junta de Freguesia de Amoreira da Gândara, Mário Vidal e Joaquim Cosme, respetivamente.
Obra é indispensável. Em casa e rodeado por amigos, que se juntaram para não só celebrar o 40.º aniversário da instituição mas também o início das tão desejadas obras de ampliação, Manuel Ferreira lembrou a longa jornada da Casa do Povo, que começa agora uma nova etapa “rumo ao futuro”. As tão desejadas quanto urgentes obras de ampliação e remodelação demoraram oito anos a concretizar-se devido à burocracia, uma situação que colocou em risco a própria instituição.
“Esta obra é para melhorar a qualidade de vida dos idosos através da criação de condições de funcionamento que possam responder às suas necessidades atuais e emergentes, os familiares dos idosos que poderão contar com mais apoio e recursos por parte da instituição, mas também melhorar as condições laborais de todas as colaboradoras”, disse. Orçadas em mais de 520 mil euros (+IVA), as obras poderão ter de se prolongar por tempo indeterminado: “é um valor muito acima do que estávamos à espera e que a instituição não consegue amealhar exclusivamente com fundos próprios. O tempo de conclusão da obra irá depender da generosidade das pessoas, do montante que a instituição conseguir amealhar anualmente e, fundamentalmente, do poder político”, disse, dando conta que, após a finalização da obra, será possível adquirir a licença de utilização, “que vai ser determinante para a continuidade e crescimento da instituição, pois só assim nos poderemos posicionar em igualdade de oportunidades de acesso a novos projetos e de crescimento comparativamente com as outras instituições”, sublinhou Manuel Ferreira.
Agradecendo a generosidade dos amoreirenses mas também de todos aqueles que, não pertencendo a esta freguesia, entenderam ser uma causa nobre a defender, não deixou de destacar o montante (5 mil euros) atribuído em 2011, aquando do primeiro almoço de angariação de fundos, deixado pela Câmara Municipal de Anadia, auxiliando no pagamento do projeto. Também o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social atribuiu um subsídio no valor de 52.200 euros, que sem dúvida é uma preciosa ajuda para esta primeira etapa.
Na ocasião, Litério Marques realçou a presença de tanta gente amiga, vinda de freguesias e concelhos vizinhos, dando prova de “um grande espírito solidário” para com uma obra há muito desejada. Para o edil anadiense, é um facto que a Casa do Povo “serve e continuará a servir tanta gente”, sendo, a cada dia que passa, “mais precisa”.
O autarca não deixou de criticar também o deputado Rui Almeida por ter quebrado o protocolo, falando antes de todos os outros oradores, ausentando-se de seguida, tendo, no entanto, referido que “tudo fará para ajudar esta obra a vingar”.
Catarina Cerca
catarina@jb.pt