As vencedoras do 21.º concurso de Vestidos de Chita de Anadia foram, tanto no escalão A como no B, as duas concorrentes que, em 2011, arrecadaram os dois segundos lugares.
Assim, este ano, Mariana Rebelo, de 11 anos, de Aveiro, no escalão A, e Ana Gabriela Castanheira, de 19 anos, da freguesia de Ancas, no escalão B, foram as grandes vencedoras do concurso que se realizou na noite do último sábado, no Pavilhão dos Desportos de Anadia.
Cerca de 400 pessoas estiveram presentes nesta edição, que premiou ainda Beatriz Pinhal Marques (2.ª), de 8 anos, de Aveiro (1.ª classificada em 2011) e Francisca Carvalho (3.ª), de 9 anos, da Mealhada, no escalão A, e Patrícia Castanheira (2.ª), de 16 anos, de Anadia e Andreia Santos (3.ª), de 23 anos, de S. Lourenço do Bairro, no escalão B.
Os prémios fotogenia, da responsabilidade dos órgãos de comunicação social presentes no evento, voltaram a ser entregues, à semelhança da edição transata, a Francisca Carvalho, de 9 anos, da Mealhada, no escalão A, e a Beatriz Rebelo, de 14 anos, de Vila Nova de Monsarros, no escalão B.
O prémio costureira foi para Teresa Pinhal, de Aveiro, vencedora da edição de 2010 e uma “veterana” nestas andanças dos Vestidos de Chita.
Na passerelle, cuidadosamente decorada pelo Centro de Apoio Social de Vila Nova de Monsarros (este ano responsável pela preparação do concurso), desfilaram bonitos e originais vestidos de chita. Daí que o júri não tenha tido a tarefa facilitada, tendo apreciado os vestidos segundo parâmetros como a originalidade, a confeção e acabamentos, o padrão e a cor e a harmonia do conjunto.
Espetáculo animado. À semelhança das anteriores edições, o concurso integrou um espetáculo no qual foram intervenientes várias associações e coletividades da região.
Assim, abriu a noite a Associação CADES – Cooperação Artística, Desportiva, Educativa e Social que trouxe à 21.ª edição dos Vestidos de Chita a energia e o ritmo que tão bem os carateriza.
Pelo palco passou ainda um grupo de jovens do projeto CADI, da Misericórdia de Anadia que, de uma forma brilhante, deu um show de percussão. Também a Tuna da Universidade Sénior da Curia não deixou cair os seus créditos em mãos alheias e brilhou com várias interpretações da música popular portuguesa. As atuações encerraram com a Tuna Na D’Estes (Tuna Académica da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra).
Na ocasião, Rosa Maria Tomás, vereadora da Cultura e da Educação da Câmara Municipal de Anadia, deixou algumas palavras de apreço para com os pais que apoiaram as filhas por forma a que elas “brilhassem nesta noite de festa”, mas também ao Centro de Apoio Social de Vila Nova de Monsarros por “ter sido inovador e estado à altura com esta colaboração”.
De resto, na logística da montagem do espetáculo, estiveram cerca de 30 elementos, não só do Centro de Apoio Social, mas também do Grupo de Jovens de Vila Nova de Monsarros.
Paulo Duarte, do Grupo de Jovens, avançou que o trabalho exigiu muita imaginação, para “muito pouco tempo e verba disponíveis”.
A JB explicou que a ideia passou por criar, em palco, uma espécie de ateliê de costura, decorado com uma antiga poltrona, um manequim com um vestido de chita em prova e muitos retalhos de tecido, sugerindo um espaço acolhedor onde uma avó-costureira/ex-concorrente (em voz off) contou à neta e ao público a longa história do certame, que surgiu pela primeira vez, em Anadia, no ano de 1945.
Paulo Duarte destacou ainda que à volta do palco foram colocadas diversas famílias, em papelão, sugerindo a ideia de uma festa para a família, num espaço que convergia para o palco. “Todos estes bonecos recortados e belamente decorados saíram das mãos das crianças e idosos, utentes do CAS”, frisou.
Catarina Cerca
catarina@jb.pt