O presidente da Câmara de Anadia enviou, na última semana, um ofício ao Secretário de Estado das Obras Públicas Transportes e Comunicações, dando conta do seu descontentamento e indignação por ver publicado no Diário da República o despacho que aprova a execução de um nó na A1, a localizar no sublanço Pombal-Condeixa.
Litério Marques mostrou-se insatisfeito e injustiçado com esta decisão, apresentando a sua indignação em ofício dirigido àquele responsável governamental.
O edil anadiense diz que “há já bastante tempo que tem solicitado e demonstrado a importância de um nó na A1 em Anadia, mas apesar dos inúmeros pedidos nas respetivas instâncias governamentais, Anadia não viu ainda contemplado o nó na A1 como está previsto no PDM”.
Contrariamente ao esperado, o presidente da autarquia anadiense refere, em comunicado, que tem “assistido a uma eterna falta de interesse por parte dos sucessivos governos da Administração Central, neste problema” e vai mais longe: “ao decidir suspender a construção da parte sul da A32, para a qual foi prometido o tão ansiado nó que iria servir a população de Anadia, os turistas e visitantes que anualmente procuram este município, sentem ainda mais os constrangimentos a nível da rede viária que atualmente os servem”.
Litério Marques salienta ainda que a necessidade deste nó de ligação não é uma mera extravagância, mas sim uma necessidade premente. “Foram realizados diversos estudos de tráfego bem como outras análises e diligências, que demonstram a necessidade de um nó de acesso à A1, no município de Anadia”, refere.
Tendo em conta que os nós mais próximos que “servem” Anadia (Mealhada e Aveiro Sul) distam 24,6 km, situação que “em nada favorece o incremento e o incentivo à instalação e fixação de empresas no concelho, nem o desenvolvimento dos recursos turísticos existentes”, acusa.
Uma situação tanto mais grave quando é um facto que, “fruto de grande esforço por parte deste executivo, Anadia detém infraestruturas de elevada qualidade, quer a nível cultural, desportivo e turístico”, casos do Centro de Alto Rendimento de Sangalhos; do Complexo Desportivo de Anadia, do Campo de Golfe da Curia, do Museu do Vinho Bairrada, das Termas da Curia e de Vale da Mó, para já não falar do enoturismo, da riqueza gastronómica bem como a capacidade hoteleira de excelência, que torna Anadia no concelho do distrito de Aveiro com a maior capacidade de alojamento.
“Todo este esforço financeiro e estratégico para captar a atenção dos investidores vê-se minimizado pela aparente apatia e falta de interesse do Poder Central no nosso município e concomitantemente pela população de Anadia”, acusou ainda o edil, admitindo que agora só lhe resta “aguardar que o Governo desperte e atenda quem verdadeiramente trabalha em prol da sua população e contribua para o desenvolvimento económico da região e do país”.
CC