No próximo domingo, dia 30, realiza-se, em Sangalhos, o cortejo de oferendas a favor da Misericórdia da freguesia, que está a completar 80 anos de existência.
O evento, que há vários anos não se realizava na freguesia, começará por volta das 14h, junto ao Cruzeiro de Sangalhos, com concentração e formação do cortejo na Rua das Caves Borlido.
Os preparativos para o cortejo estão a decorrer a bom ritmo, destacando-se a união e a adesão da população na organização desta iniciativa. Por isso, Armando Castro, que está desde a primeira hora a coordenar o cortejo, realça o que diz ser “um enorme espírito solidário da população” e de lugares vizinhos, já que também um carro da vizinha freguesia de Ancas participa no cortejo.
30 carros e 250 participantes. Ao todo, a organização prevê a participação de 30 carros e de mais de 250 pessoas no desfile do cortejo de oferendas que só terminará no Largo da Misericórdia, em Sá. “Não podemos ficar indiferentes a estes números”, disse, dando conta de que Sangalhos Norte integra 70 pessoas no desfile e que o lugar da Fogueira integra seis carros e meia centena de participantes: “os carros vão levar o fruto da solidariedade e da generosidade das pessoas: batatas, lenha, coelhos, frangos, galinhas, porcos, etc.”, avançou ainda.
De destacar ainda o trabalho voluntário, amigo e desinteressado de pessoas da comunidade que se disponibilizaram nos vários lugares para organizarem o cortejo. Foram elas a ponte entre os lugares da freguesia (Saima, Casaínho, Ribeiro, Sangalhos Norte, Sá, Vila, S.João de Azenha, Ancas, Paraimo e Fogueira), a população em geral e a instituição.
Agora, a três dias do cortejo, Armando Castro dá conta de que um dos carros (da Fogueira) trará dois pernis de porco a assar e que serão fatiados e vendidos em sandes, a partir das 16h, quando o cortejo chegar à Misericórdia, sendo esta também uma forma de angariar mais fundos para a instituição, ainda que as sandes sejam vendidas a um preço simbólico.
Apelo à participação no leilão. “Em Sá, os carros vão formar um U e serão chamados os representantes de cada lugar para entregar ao provedor o proveito da coleta realizada nos vários lugares”, avançou, referindo que se segue o leilão das oferendas. Um leilão que só será bem sucedido se as pessoas participarem em massa e colaborarem ativamente no mesmo, comprando os vários produtos recolhidos.
Todavia, dá conta de que a Misericórdia tem um contrato com a empresa que lhe fornece os alimentos para as refeições e que já está acertado que tudo o que não for vendido (bens perecíveis para comer), a empresa desconta esses bens na mensalidade pagas pela instituição.
A terminar, Armando Castro acredita que “os objetivos inicialmente previstos serão ultrapassados”, graças à solidariedade das pessoas que estão muito motivadas.
“Foi notável este sentido de entreajuda e boa vontade de amigos de há longos anos e que, chamados a colaborar, o fizeram desinteressadamente em prol deste projeto”, concluiu, dando ainda conta de que “a angariação de fundos irá fazer face às dificuldades sentidas pela instituição, mas também às obras que se pretendem realizar”.
Catarina Cerca
catarina@jb.pt