O ano de 2012 representou para os CRASSH um ano de viragem no seu projeto. Até aí, os CRASSH atuavam unicamente em salas fechadas mas o convite da companhia “Encaixote”, para estarem presentes em Braga, Capital Europeia da Juventude, revolucionou definitivamente a sua forma de atuação. Os CRASSH responderam positivamente ao primeiro convite, e atuaram para mais de 600 pessoas, em agosto. A adesão foi tal que motivou um segundo convite, para o espetáculo de encerramento da Capital Europeia da Juventude, no dia 22 de dezembro. Desta feita, a audiência ultrapassou as 5 mil pessoas.
“O primeiro e o segundo espetáculos que montei – Play Like Stomp e One Day, este ainda em exibição – eram completamente direcionados para salas fechadas e, quando havia convites para o exterior, era deslocado estarmos a apresentá-los”, explica ao Jornal da Bairrada o diretor artístico dos CRASSH, Bruno Estima. “Foi em resposta a estas solicitações, nomeadamente o convite da Encaixote, que surge este espetáculo – CRASSH Street, pensado para o exterior.”
“Uma produção feita num mês, para o encerramento de uma Capital Europeia da Juventude, foi de facto um grande desafio, às nossas capacidades artísticas e de resposta, mas superado a 100 por cento.” O ano de 2012, “ao contrário do que ouvimos noutras áreas, para os CRASSH foi um ano de um crescimento entre 200 a 300 por cento”, acrescenta ainda o diretor artístico do grupo.
Para este ano, Bruno Estima pretende que o espetáculo “Street” esteja “a bombar, que as pessoas saibam que ele existe”. Este projeto “é diferente, é peculiar, não há mais nenhum projeto em Portugal com esta energia, com a interação que conseguimos com as pessoas – percebemos isso quando tocamos e temos esse feedback”.
Outro dos objetivos no horizonte dos CRASSH é gravar um videoclip que apresente esta versão do Street, “que agora também já tem voz, ou seja, temos os nossos temas com voz, ainda que seja na língua «CRASSHNÊS»!”
“Exportar” o projeto também está na mente de Bruno Estima. “Está tudo encaminhado para irmos, em março, a Lamballe, juntamente com o Coro de Câmara da Bairrada e um grupo de alunos a representar a Escola de Artes da Bairrada. Apresentámos também uma candidatura, para irmos a um festival em Belfort, França, em maio, da qual aguardamos resposta. E há outros festivais europeus que temos em mira.”
Oriana Pataco
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