“Uma noite bem dormida permite recordar melhor o que aprendemos e vivenciamos, reforça o sistema imunitário e reequilibra as nossas hormonas”. Estes são alguns dos benefícios do sono destacados pelo psicólogo Jorge Pinhal durante a conferência “O Sono na Saúde e Antivelheciemento”.
A iniciativa teve lugar na última semana, no auditório do Curia Tecnoparque e contou com a presença de mais de 80 participantes, alunos da Universidade Sénior mas também pessoas da comunidade.
Estima-se que 42% da população mundial tem algum problema para dormir e que num terço das consultas médicas os pacientes reclamam da qualidade do sono.
Segundo o psicólogo Jorge Pinhal, “a falta de sono está muitas vezes relacionada com a falta de saúde”. É durante o sono que se realiza a “função restauradora do organismo, com efeitos positivos para a diabetes, doenças virais e artrite reumatoide”.
A quantidade ideal de horas de sono pode variar de pessoa para pessoa e ao longo do ciclo de vida. O mínimo recomendado é de seis horas e, no caso dos adultos, não deverão dormir mais de 9 horas. Jorge Pinhal adianta que dormir menos de 6 horas, por noite, conduz a uma expetativa de vida menor, comparando com as pessoas que dormem mais, e alertou que “dormir menos de 5 horas aumenta o risco de morte por qualquer causa nos anos subsequentes”.
Depois da meia-idade, a quantidade de sono profundo é reduzida gradualmente. A maioria das pessoas com mais de 70 anos dorme menos de 7 horas por noite. Nesta idade são gastos somente 23 minutos de sono profundo, a maioria do sono é leve e frequentemente interrompido.
Quanto às causas da falta de sono, o psicólogo destacou o stress, a poluição auditiva, a alimentação deficiente, o fumo, o consumo excessivo de álcool e a falta de exercício físico.
Por fim, Jorge Pinhal deixou algumas sugestões para fazer antes de dormir. Ler, ouvir música relaxante, tomar um banho quente meia hora antes de se deitar ou tomar um chá de camomila poderão ser alguns dos truques para conseguir uma boa noite de sono.