Deverá estar concluída dentro de oito meses, custa mais de um milhão e 300 mil euros e vai servir um universo de 5.500 habitantes. Referimo-nos à última grande obra – ETAR de Amoreira da Gândara – realizada no âmbito de um investimento superior a 11 milhões de euros, realizado pela Câmara Municipal de Anadia em saneamento básico, comparticipado pelo POVT-GREN.
A assinatura do auto de consignação desta empreitada teve lugar no passado dia 13 de maio, na Câmara Municipal de Anadia.
Reconhecendo que, em termos de despesa global, este significativo investimento ficou abaixo do valor da candidatura, Litério Marques avança que “está a ser preparada uma reprogramação” para ver o que Anadia poderá beneficiar ainda em termos desta comparticipação.
A ETAR de Amoreira da Gândara vai servir as povoações da freguesia de Vilarinho do Bairro e de Amoreira de Gândara, num total de 5.500 habitantes, e tem um horizonte temporal de 20 anos.
Esta ETAR, a par com a que está em remodelação e ampliação em Sangalhos (junto ao rio Cértima) vai dotar o concelho de uma taxa de cobertura de saneamento superior a 95%.
Caraterística das obra. Segundo revelou o engenheiro João Pedro Santiago, da Câmara Municipal de Anadia, a instalação proporcionará o tratamento secundário do afluente doméstico, através de um sistema de lamas ativadas, operado em regime de arejamento prolongado.
No que se refere à fase líquida, o esquema de tratamento tem início com uma etapa de tratamento preliminar, que visa a remoção de areias, óleos e gorduras. Já o tratamento biológico, será realizado em dois tanques de arejamento. Parte do efluente tratado será bombeado para um sistema de produção de água de serviço, constituído por equipamentos compactos de filtração e desinfeção. A fase sólida do esquema de tratamento proposto, é composta pelo espessamento gravítico de lamas em excesso e pela desidratação das lamas espessadas, através de um sistema de desidratação mecânico. O efluente resultante do tratamento será descarregado no Rio Levira.
Empresa vencedora do concurso é de Ourém. A Tecnorém – Engenharia e Construções, SA venceu o concurso público e terá agora oito meses para realizar a obra.
Na ocasião, Litério Marques sublinhou que os prazos são para cumprir, tal como o caderno de encargos.
A esta empresa, que pela primeira vez executa um trabalho para a Câmara de Anadia, o edil deixou a indicação que pode estar descansada já que a Câmara Municipal tem boa saúde financeira, pelo que o pagamento será feito atempadamente, segundo o caderno de encargos e os autos de medição.
Por seu turno, Carlos Alberto Batista, responsável máximo da Tecnorém, avançou que o grupo, com 25 anos de existência, integra um conjunto de empresas cuja atividade está centrada na construção de obras públicas (indústria da construção civil, engenharia e arquitetura).
Embora tenha a sua atividade centrada na zona centro/sul do país, está a fazer uma aposta para norte de Coimbra, tendo sido “uma agradável surpresa encontrar municípios com dinâmica empresarial”, como é o caso de Anadia: “temos as melhores referências: de que é uma Câmara organizada, com obra feita, muito trabalho e cumpridora, mas também estável financeiramente, assim como bastante exigente”.
Catarina Cerca