Lino Pintado e José Carlos Coelho, vereadores socialistas no executivo de Anadia, estão preocupados com a paragem da construção da futura Escola Básica e Secundária de Anadia.
Na última reunião de câmara, Lino Pintado voltou a questionar o edil anadiense sobre esta paragem e transtornos que está a causar, uma vez que se avizinha o final de mais um ano letivo com a obra por concluir, o que considera “inadmissível”.
Refira-se que as atuais instalações da Secundária anadiense se encontram num estado de degradação muito grande. Daí que o PS insista em denunciar a situação, mas ao mesmo tempo relembrar que a obra da nova Escola está parada por tempo indeterminado por ordem do governo.
Segundo o vereador, as instalações atuais estão completamente degradadas e chegam mesmo a colocar em sério risco a segurança dos seus cerca de 700 alunos. Desde paredes e tetos em risco de ruir, a fios de eletricidade a descoberto, a extensas infiltrações e humidades, todo o tipo de mazelas são bem evidentes em várias salas e corredores, para além de ser público que naquele equipamento chove como na rua.
Litério Marques não esconde a revolta pelo governo ter decretado a paragem da obra, mas avança não ter qualquer informação adicional em relação ao que já é conhecido sobre este assunto. Os vereadores socialistas querem agora que a Câmara Municipal pressione a Tutela a concluir a obra.
A nova Escola estava orçada em 16,3 milhões de euros, tinha, a quando da sua adjudicação, um prazo de execução de 18 meses. Em 2012, a Parque Escolar confirmou a existência de 125 escolas onde estava previsto que as obras começassem a curto prazo e 20 estabelecimentos de ensino com trabalhos suspensos. Na altura, o governo solicitou uma auditoria às contas da Parque Escolar, empresa responsável pelos projetos de recuperação com dívidas que ultrapassam os 900 milhões de euros.
Catarina Cerca