A Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro (SCMOB), segundo o seu provedor Jorge Abrantes, “está a ponderar a implementação e desenvolvimento, nas instalações do Hospital da Misericórdia – após este regressar à sua posse -, de novas respostas sociais e serviços adequados na área da saúde e da deficiência”. É que, com a construção do novo Centro de Saúde, o Hospital da Misericórdia obrigatoriamente passará para a gestão da Santa Casa, à semelhança do que já vem sendo praticado noutros pontos do país.
Jorge Abrantes refere que “será uma resposta destinada à população do concelho e concelhos limítrofes, nomeadamente na área da deficiência e da saúde mental, pois sente-se que ainda são áreas deficitárias”.
Hospital. Recorde-se que a SCMOB, como muitas outras Santas Casas existentes no país, teve na sua génese a prestação de serviços de saúde, objetivo que concretizou com a construção e início de funcionamento do Hospital da Misericórdia, na década de 40 do século passado.
De acordo com o provedor da SCMOB, “o hospital da Misericórdia está, desde a década de 70, a ser utilizado pelo Ministério da Saúde, albergando o Centro de Saúde de Oliveira do Bairro”.
Jorge Abrantes refere ainda que “o hospital da Misericórdia faz parte da história do concelho, marcou gerações, faz parte da história da instituição, é um legado dos fundadores da Santa Casa e de muitos que contribuíram para a sua construção. Da mesma forma, a área da saúde faz parte da história e da vida da Santa Casa, foi a razão da sua criação”.
Plano de atividades. De acordo com o provedor da SCMOB, “a instituição já integrou no seu plano de desenvolvimento a requalificação do hospital da Misericórdia nesta perspetiva”. “Apesar de internamente já existir uma discussão relativamente às respostas e serviços a desenvolver, a instituição considera que ela terá que ser alargada a todos os interessados e intervenientes na área social e da saúde, bem como à autarquia”, acrescenta Jorge Abrantes, sublinhando que, “qualquer investimento, numa altura de parcos meios financeiros, terá que ser fruto de consenso, preconizando a otimização de recursos e a criação de respostas úteis e diferenciadas”. “Só assim o Hospital poderá continuar a ser um equipamento vivo, que integre respostas válidas e não um edifício vazio e votado ao esquecimento, sem utilidade”, acrescenta.
Pedro Fontes da Costa
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