Está patente até dia 23 de janeiro de 2015, na Sala de Exposições da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, a exposição “O Rádio – Coleção Privada de Manuel António Tavares Romão”. Esta mostra, que conta com 13 magníficas peças, de rádios e gira-discos antigos, pretende dar a conhecer um pouco do espólio de Manuel Romão, que representa um importante registo da história e cultura locais.
Manuel António Tavares Romão nasceu na Póvoa do Valado, freguesia de Requeixo, a 28 de abril de 1938, sendo um Bustoense de coração, terra onde há muito reside e onde tem mantido uma importante e ativa participação na comunidade local.
Com uma rica história de vida, passou grande parte dela longe da sua terra, na Venezuela, país para o qual emigrou e viveu durante décadas e de onde conseguiu regressar com algum desafogo económico.
Ligação. O primeiro contacto que teve com a rádio, menino ainda, data de 1944, ano em que o pai comprou um aparelho da marca italiana “Geloso”, em Aveiro, na Casa Martelo, a primeira a vender rádios nesta cidade. O equipamento, comprado para ouvir as notícias, sobretudo as emitidas pela BBC sobre a II Guerra Mundial, deixou-lhe um fascínio pela rádio que o acompanhou desde então. Foi graças à rádio que, segundo as suas palavras, em Portugal, durante a adolescência, e na Venezuela, pôde acompanhar as notícias e ouvir os jogos de futebol portugueses, transmitidos pela Emissora Nacional.
Foi através desta memória que nasceu um gosto ímpar por recetores de rádio, paixão que após o regresso a Portugal renasceu, começando a colecioná-los, assim como grafonolas e discos antigos de vinil. Todavia, Manuel Romão, apesar dos mais de quarenta rádios antigos que possui, não se considera um colecionador ou conhecedor da história da rádio, antes um apaixonado por rádios antigos, não só pela sua beleza e originalidade, mas também como reconhecimento do papel que a rádio desempenhou, e desempenha, como companhia e fonte de informação atualizada.
Treze rádios de antigamente para recordar
