Continuam a acontecer “coisas estranhas”, no polo de bovinos leiteiros na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (EPADR) de Vagos. Primeiro foi a “Sissi”, filha de uma vaca parda suíça, que no ano transato, com apenas treze meses, pesava cerca de 250 quilos. Meiga e dócil, mas também muito inteligente, mantinha forte relação com a veterinária Teresa Valente, desde a noite em que nascera.
Reconhecia a voz da tratadora, e até amuava quando esta lhe ralhava. Perante as novilhas da mesma idade, que alegadamente procuravam mimos, tinha mesmo uma posição dominadora, reforçada na presença da veterinária.
Tal comportamento, e o facto de a veterinária “presentear” diariamente os bovinos com uma seleção musical, que garantia “ser excelente para o bem-estar dos animais e aumento de produção de leite”, acabaria por ser notícia em diversos órgãos da comunicação social (ver JB, de 15 janeiro 2015).
Agora, a nova “vedeta” dá pelo nome de “Cassandra”. Foi apresentada, há dias, no decorrer do “Open Day EPADRV – Alltech”, onde marcaram presença, entre outros, elementos da direção da Cooperativa Agrícola Bom Pastor (S. Miguel, Açores), meia centena de produtores de leite daquela ilha, e ainda membros da comunidade escolar.
Novilha de dois anos e oito meses, deveria ter, segundo Teresa Valente, “uma produção, no máximo de 40 litros por dia”. Mas, em boa verdade, produz uma média de 71 litros, o que tem “despertado a curiosidade dos produtores leiteiros”, reconheceu a responsável pelo polo de bovinos da escola vaguense.
Com “Cassandra” a “sobressair das demais”, de referir que a produção leiteira das 39 vacas a EPADR ascende a 2.100 litros a cada dois dias.
Eduardo Jaques/Colaborador