Decorreram com grande brio e solenidade as cerimónias de homenagem aos combatentes da freguesia da Moita, no passado dia 19 de novembro.
Presidiu ao ato o Presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, Ten. Gen. Chito Rodrigues, acompanhado pela presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso.
Estiveram presentes ainda Maj. Rui Santos em representação do Comandante do RI10-Regimento de Infantaria de Aveiro; Comandante do Destacamento de Anadia da GNR, Ten. José Carlos Magalhães; Presidente do Núcleo de Oliveira do Bairro da Liga dos Combatentes, Victor Pinto; Presidente da Junta da Freguesia da Moita, José Arlindo; Professor António Ferreira Gomes pela Universidade Sénior de Anadia; Ten. Cor. Pires Martins e Arquiteto José Eduardo Varandas, vogais da Direção Central da Liga dos Combatentes; bem como representantes de associações locais, combatentes e público.
Após a concentração no largo Alto da Feira, o presidente da Junta de Freguesia fez uma breve intervenção para agradecer a presença das entidades convidadas, e o significado do ato em si mesmo, a que se seguiu a inauguração e bênção do Monumento ao Combatentes da Freguesia de Anadia. Seguiu-se a evocação dos mortos em combate, com deposição de flores pelas associações locais, uma coroa de flores depositada pelo TGen Chito Rodrigues acompanhado por Teresa Cardoso e as honras militares devidas, prestada por uma força militar do RI10.
Seguiu-se a imposição de Medalhas das Campanhas das FAP a uma dezena de Combatentes do Ultramar, sócios da Liga dos Combatentes, núcleo de Oliveira do Bairro. Para encerrar, usaram da palavra Ferreira Gomes, na qualidade de familiar de um combatente da GG e estudioso da temática da guerra, e os Presidentes da Liga e do Executivo Municipal.
Respeito e gratidão.Ferreira Gomes afirmou que ficava bem à sociedade civil e às autarquias colaborarem no resgate merecido das memórias daqueles nossos antepassados que contra todas as adversidades acabaram heróis, independentemente das prestações militares de cada um.
O General Chito Rodrigues começou por afirmar que aquela iniciativa se destinava a homenagear aqueles, que sempre que a nossa identidade esteve em perigo, pegaram em armas para defender Portugal. Comparou a situação vivida, pelos combatentes da Guerra do Ultramar, durante os primeiros 30 anos após o 25 de Abril, com a dos combatentes da Grande Guerra, também eles abandonados e esquecidos como se em ambas as situações não fossem chamados a cumprir ordens do poder político.
Referiu que existem em todo o país 100 monumentos evocativos da 1.ª Guerra Mundial e 305 erigidos em memória dos que participaram na Guerra do Ultramar. A homenagem que se prestava com a construção daquele monumento era pois um justo tributo aqueles que partiram e não chegaram, no cumprimento de um dever.
Por último, a presidente da autarquia anadiense referiu que era com muito orgulho e grande honra que participava naquela cerimónia de homenagem em memória dos combatentes da Moita que deram o seu melhor por diversas causas. Saudou a Junta de Freguesia pela iniciativa tomada, ao prestar homenagem aos combatentes vivos e às suas famílias, não se esquecendo de ter uma palavra de respeito e gratidão por aqueles que não viram os seus filhos regressar. Felicitou também a Liga dos Combatentes pela forma empenhada e dedicada como vem desenvolvendo a sua atividade na defesa dos valores do nosso país. As cerimónias terminaram com a entoação do Hino da Liga dos Combatentes.
À tarde, enquadrada no Programa do XI Aniversário do Núcleo de Oliveira do Bairro, seguiu-se uma visita à exposição, patente na Biblioteca Municipal de Anadia, referente ao espólio do soldado anadiense Manuel Ribeiro, condecorado com a Ordem da Torre Espada, por feitos militares em África, em 1902.