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Oliveira do Bairro

Oliveira do Bairro: IPSB perde alunos e aguarda salvação

O IPSB está a pedir aos pais dos alunos das turmas sem contrato de associação que, “à cautela”, no ato da matrícula, indiquem “outra opção de escola para os seus filhos”. No entanto, desde a passada sexta-feira, o Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro deixou de dar prioridade às preferências manifestadas pelos alunos/pais, estando as transferências (2.º e 3.º ciclo) a ser canalizadas para a EB 2/3 Dr. Fernando Peixinho, em Oiã, escola que se encontra com défice de lotação.
De acordo com informação a que JB teve acesso, divulgada aos pais, o Conselho de Administração do IPSB considera que não estão reunidas as condições para manter as turmas que não têm financiamento através do contrato de associação e uma vez que não existiu, “até ao momento, qualquer desenvolvimento relativamente a uma integração da escola na rede pública, o IPSB sugere aos pais/encarregados de educação que, à cautela, indiquem outra opção de escola para os seus filhos/educandos”.
Informa ainda que, “havendo o desenvolvimento que todos desejamos, a decisão sempre poderá, se os pais/encarregados de educação assim o decidirem, ser revertida”.
Volume extraordinário de pedidos. Contactada pelo JB, a diretora do Agrupamento, Júlia Gradeço, confirmou que tem havido um volume extraordinário de pedidos de transferência, do IPSB para o Agrupamento (mais 250 alunos para 2.º e 3. ciclos e 40 alunos para o 1.º ciclo, correspondente a cerca de três vezes mais do que no ano passado), contudo, a partir desta segunda-feira (dia 17), as preferências deixaram de ser tidas em conta. “Sexta-feira, dia 14, era a data limite para lançarmos os dados dos alunos, na plataforma SINAGET, da DGEstE [Ministério da Educação] e a verdade é que nós temos de impor um limite, perceber quantos alunos temos, planificar as turmas, perceber quantos professores precisamos mais, organizar a rede de transportes com a Câmara Municipal, etc..”, esclarece Júlia Gradeço. A diretora adianta ainda que, “apesar de a escola Acácio Azevedo não estar no limite, os alunos serão agora canalizados para Oiã”.
Questionada sobre a renitência dos pais em matricular os filhos nesta escola, devido à insegurança alegadamente provocada por alunos de etnia cigana, Júlia Gradeço desmistifica: “Não existe qualquer fundamento nesse receio. Neste momento, há mais ciganos em Oliveira do Bairro do que em Oiã. Já reunimos com os pais que tinham os filhos na Palhaça e Oiã Poente, já foram desfeitos os fantasmas e esses pais já matricularam os filhos na EB 2/3 de Oiã.”
Em relação ao ensino secundário, “ainda não começámos a enviar a rede para a DGEstE, só estamos a falar de 2.º e 3.º ciclos”, acrescenta a responsável pelo Agrupamento.

 

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