Já se sabia que, quando unidos, os Bombeiros Voluntários de Vagos (BVV) são mesmo mais fortes! A confirmação veio do presidente da câmara de Vagos, que na sessão comemorativa do 90.º aniversário daquela instituição, anunciou o que já se esperava: a autarquia irá apoiar financeiramente a 2.ª fase da obra de requalificação do quartel.
Na sua intervenção, Silvério Regalado congratulou-se com o trabalho já executado, e não quis deixou cair em “saco roto” o repto lançado pela atual direção, quando admitiu que a associação não tinha, “para já”, capacidade financeira para ir mais longe. “É com angústia que, apesar de não baixarmos os braços, vamos ter de esperar por melhores dias”, confirmou Nuno Moura, ciente de que a direção não deixaria de estar “sempre na primeira linha”, da defesa dos interesses dos bombeiros e da associação.
Integrada no programa comemorativo dos 90 anos de vida daquela instituição, a inauguração das obras de requalificação vai permitir dotar o quartel de “instalações condignas de utilização”, por parte dos bombeiros. Tal prioridade, bem “aceite por todos”, contou com o apoio dos sócios, disse Nuno Moura, fazendo notar, porém, que ainda haverá “algumas necessidades” para suprir.
Tratou-se de um esforço financeiro “significativo”, que a direção soube “trabalhar em todas as frentes, para garantir recursos para o efeito”, reconheceu aquele dirigente. Disponível para promover o voluntariado, o presidente da direção anunciou, por outro lado, que está garantida a aprovação, por parte do executivo camarário, do regulamento de atribuição de benefícios sociais aos elementos do corpo de bombeiros.
“Bater o pé”
Destaque, ainda, para a intervenção do comandante dos BVV, que disse estar na hora de “batermos o pé, e de sabermos o que desejam ao parente pobre Proteção Civil, e de reconhecerem os bombeiros voluntários pela atividade que exerceram e exercem, as pessoas que são, as missões que completam diariamente no anonimato”. Para Fernando Cheganças, os bombeiros têm sido “bombardeados” por notícias, dando conta da criação e reforço de equipas, veículos novos cada vez mais modernizados (EPI entre outros). Investimento de milhões, que considerou “serem desiguais para quem segura quase 100 por cento da operacionalidade nacional”.
No decurso da sessão solene, onde também usaram da palavra Nuno Canilho, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, António Ribeiro, comandante operacional distrital, e Paulo Marco Braga, vice-presidente do concelho diretivo da Liga Portuguesa de Bombeiros, foram distinguidos, com medalhas de serviços distintos – Grau Ouro, os antigos comandante, Miguel Sá, e 2.º comandante, Luís Silva, pertencentes ao “quadro de honra”. A proposta, avançada pela direção dos BVV, mereceu a concordância da Liga, que distinguiu os ex-operacionais “pela prática de serviços distintos que contribuíram, com notável evidência, para o engrandecimento e prestígio das instituições de socorrismo”.
Paralelamente, foram inauguradas e benzidas quatro viaturas – veículo de combate a incêndios florestais (Órgãos Sociais 2017/2020); autotanque de grande capacidade (Câmara Municipal de Vagos e Caixa de Crédito Agrícola); carro de apoio (Auto Plaza, Aureo Neves, Oliveiras & Pedro e AdnDigital); ambulância de socorro (Direção e Corpo de Bombeiros; e gerador (Empresa Grupel SA).
Eduardo Jaques
Colaborador