Aveiro: Festas de São Gonçalinho, de 10 a 14 de janeiro

De 10 a 14 de janeiro, todos os caminhos vão dar a Aveiro. A cidade ultima os preparativos para honrar o beato carinhosamente chamado de “São Gonçalinho”.
A festa, celebrada no Bairro da Beira-Mar, junto à capela, decorre ao longo de cinco dias e inclui, de um modo geral, o arremesso das cavacas, fogo-de-artifício, bailes populares e concertos, romarias e procissões pelas estreitas ruas deste bairro e ainda outras manifestações populares, como a ‘Dança dos Mancos’ ou a ‘Entrega do Ramo’.
De destacar que, este ano, a Mordomia de São Gonçalinho procurou dar aos festejos uma maior valorização da dimensão religiosa. Por isso, a festa inicia-se com uma eucaristia, no dia de São Gonçalinho, integrando ainda dois dias de “oração da manhã” (uma novidade). Contudo, é também relevante a procissão, também uma novidade, procurando inserir-se no tema deste ano da Paróquia e Diocese “Vocação Batismal, caminho de santidade”. Por isso, acontece no domingo em que se celebra o batismo de Jesus. A procissão partirá da Igreja Matriz e terminará na Capela de São Gonçalinho, com a missa, esperando-se, se as condições climatéricas o permitirem, celebração exterior, de forma a garantir que um maior número de pessoas possa participar.
Quanto ao alinhamento do cartaz para os cinco dias da festa, destaca-se o facto da Mordomia ter ido ao encontro de um vasto leque de gostos musicais, desde as camadas mais jovens, chegando também aos que já viveram mais festas de São Gonçalinho, sem esquecer os saudosistas e revivalistas. A produção local foi privilegiada, promovendo espetáculos com bandas e artistas da cidade e da região, pelo que vão existir dois palcos distintos, possibilitando que a festa e as pessoas estejam mais próximas do seu centro nevrálgico, o eixo Capela – Praça do Peixe. Será mantido o palco principal, no Rossio, para os concertos com maior número de pessoas e será criado um segundo palco, no Mercado do Peixe. Haverá ainda um terceiro espaço, o Largo da Capela e a própria Capela.
Durante estes cinco dias de festa serão muitas as toneladas de cavacas que voarão do alto da capela, arremessadas por milhares de pessoas que querem pedir um desejo ao Santo ou simplesmente se divertir. Um dos costumes mais vincados da festa e que representa o pagamento de promessas ao padroeiro. Os devotos atiram, uma a uma, cavacas do cimo da capela, para o público que se encontra junto à mesma, tentando apanhar as cavacas utilizando redes, sacos, guarda-chuvas virados ao contrário ou simplesmente com as mãos.
Apesar do fim de semana ser o momento alto da festa, a segunda-feira é também um dia de muita importância. É neste dia que se realiza a “Arruada de Entrega do Ramo” e com a “Dança dos Mancos”.

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