Por: Oriana Pataco
Diretora do Jornal da Bairrada
Nem Expo 98, nem Euro 2004, nem Web Summit, nem sequer o Festival Eurovisão da Canção superam a enchente esperada para Lisboa, em agosto de 2022. O anúncio de que a capital portuguesa vai acolher as próximas Jornadas Mundiais da Juventude deixou eufóricos o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontravam no Panamá, esperando naturalmente, a oficialização de uma comunicação já esperada. Só dessa forma se entende a visita de ambos ao Panamá nesta ocasião, daí que considere despropositada a posição da Associação Ateísta Portuguesa, que classificou a viagem de Marcelo ao Panamá como um “atentado à neutralidade religiosa do Estado”.
Lisboa deverá receber dois milhões de jovens em apenas seis dias. O impacto económico estimado é de mil milhões de euros. Será o acontecimento na capital portuguesa com maior dimensão de sempre. Parece-me motivo suficiente, quer para a deslocação, quer para a euforia.
Depois do Brasil, em 2013, Portugal será o segundo país lusófono a receber as Jornadas Mundiais da Juventude, o que, para o Presidente da República, “é o reconhecimento do peso da lusofonia, do mundo que fala português”. No Panamá, estiveram 200 mil jovens; em Lisboa, são esperados 2 milhões, vindos principalmente da Europa, de África e da América.
Certamente que na nossa região, também já se começa a aguardar ansiosamente por este acontecimento. Algo irrepetível e que os nossos grupos de jovens, de escuteiros e outros ligados à Igreja Católica, não vão querer perder.