As Câmaras de Águeda e de Oliveira do Bairro, para além de outras 16 autarquias do país, foram objeto de buscas por parte da Polícia Judiciária, por suspeitas de corrupção, tráfico de influências, prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poderes em negócios no âmbito de contratação pública com empresas de transportes, acaba de informar a PJ através de um comunicado.
A ação da Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte com o apoio de vários Departamentos de Investigação Criminal e da Diretoria do Centro, em investigação a suspeita da prática daqueles crimes, no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público – DIAP de Coimbra, “realizou hoje uma operação policial de buscas domiciliárias e não domiciliárias, em autarquias, entidades públicas e empresas, relacionadas com a existência de um esquema fraudulento da viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas”, refere o comunicado.
A PJ acrescenta que “mediante atuação concertada de quadros dirigentes de empresa de transporte público, de grande implementação em território nacional com intervenção de ex-autarcas a título de consultores, beneficiando dos conhecimentos destes, terão sido influenciadas decisões a nível autárquico com favorecimento na celebração de contratos públicos de prestação de serviços de transporte, excluindo-se das regras de concorrência, atribuição de compensação financeira indevida e prejuízo para o erário público. Também no recrutamento de funcionários se terão verificado situações de favorecimento”.
Na operação policial realizaram-se 50 buscas, domiciliárias e não domiciliárias que envolveram 200 elementos da Polícia Judiciária – inspetores, peritos informáticos, peritos financeiros e contabilísticos.
Foram 18 as Câmaras Municipais objeto de buscas: Águeda, Almeida, Armamar, Belmonte, Barcelos, Braga, Cinfães, Fundão, Guarda, Lamego, Moimenta da Beira, Oleiros, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sertã, Soure, Pinhel e Tarouca.
A PJ termina o comunicado referindo que a investigação prossegue para determinação de todas as condutas criminosas, seu alcance e respetivos agentes.
O Jornal da Bairrada já pediu aos presidentes das Câmaras de Águeda e de Oliveira do Bairro uma reação ao assunto.
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Anónimo disse:
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