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Alterações na “Saúde” geram insatisfação em Anadia

O Movimento “Unidos pela Saúde” promete nova onda de contestações, face às alterações que se avizinham para a área da Saúde, no concelho de Anadia.
Aproveitando as comemorações do 25 de Abril, o Movimento, liderado por José Paixão, deixou bem patente, na praça do município em Anadia, que “a saúde é um direito e não um negócio”.
Durante as comemorações e aproveitando a presença de alguma população e de todos os deputados e de todas as forças partidárias na Assembleia Municipal, recordam que o Movimento não morreu e que está pronto para novas manifestações.
Segundo José Paixão, “o Serviço Nacional de Saúde é uma conquista de Abril e não pode ser transformado num negócio”. Ao JB revela que “as notícias vindas recentemente a público são preocupantes. A redução de 4h na Consulta Aberta (passa a estar aberta apenas até às 20h) e a criação de Unidades de Saúde Familiares (USF) traduzem-se em perda para a população em matéria de Saúde, pois é certo que as Extensões de Saúde vão começar a fechar”.
Aliás, José Paixão garante que as de “Mogofores e Ancas encerram já a 1 de Maio, com os utentes a serem transferidos para Sangalhos”, apelando novamente à união da população contra as medidas colocadas em prática pelo Ministério da Saúde.
“A lei diz que as USF são unidades com um mínimo de 4 mil habitantes e um máximo de 18 mil. Quando abrirem as preconizadas (Anadia/Sangalhos) é claro que tudo o que está à volta vai fechar”, acrescenta.
Ciente de que se avizinham tempos difíceis, diz que o Movimento irá sair à rua e que quer a adesão do povo, confirmando que está a ser delineada uma estratégia de luta: “vamos promover uma iniciativa de agradecimento ao Governo por nos ter deixado o Hospital Correia de Campos”, diz ironicamente, sublinhando que o concelho não pode perder mais na área da Saúde.
“O concelho perdeu o serviço de Urgências do Hospital, perdeu o SAP de Sangalhos. Basta. Até parece que aqui todos são milionários e com rendimentos fabulosos que podem dar-se ao luxo de abdicar do SNS.”

CC