O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou esta tarde o estado de emergência no país, tendo em conta os números da pandemia de coronavírus em Portugal. A decisão do chefe de Estado foi tomada após a reunião do Conselho de Estado. Marcelo Rebelo de Sousa vai falar ao país às 20h.
Entretanto, o primeiro-ministro já falou sobre o assunto e confirmou que o Governo aceita que seja declarado o estado de emergência no país, sustentando que dada “gravidade da situação” entende os fundamentos do presidente da República.
“Com a declaração do estado de emergência a democracia não será suspensa. Nós continuaremos no pleno funcionamento das instituições democráticas, continuaremos a ser uma sociedade aberta, de cidadãos livres, ou seja cidadãos que responsáveis por si e pelos outros”, destacou António Costa, que depois elogiou o civismo demonstrado pelos portugueses.
Dando conta de que todos “temos de assegurar a normalidade” e que “a vida do país tem que continuar a decorrer”, o primeiro-ministro destaca que “é neste equilíbrio que temos de prosseguir”. “Queremos continuar a viver numa sociedade decente, em que é uma sociedade em que cada um cuida de si e cuida dos outros também, onde ninguém é deixado ao abandono. É mesmo nestes momentos de emergência que temos que sentir um sentimento comunitário, de solidariedade, uns com os outros”, concluiu.