“O Município de Cantanhede está não só inteiramente disponível como profundamente empenhado em colaborar na campanha de vacinação contra a Covid-19, logo que as vacinas estejam disponíveis e as autoridades de saúde queiram avançar com o processo”. Esta disponibilidade foi manifestada pela presidente da edilidade, Helena Teodósio, no decurso da reunião da Comissão Municipal de Proteção realizada hoje, 26 de novembro, tendo como ponto único da agenda de trabalhos a avaliação da situação dos contágios no concelho.
A autarca considera necessário “planear-se desde já toda a operação logística que vai ser preciso desencadear para que toda a gente seja vacinada o mais rapidamente possível, até porque, por agora, essa afigura-se como a solução para esta terrível crise sanitária que tem mantido a vida das pessoas e das organizações em suspenso”. Helena Teodósio confia “que o Governo tenha acautelado o número de vacinas suficiente para proteger todos os portugueses do risco de infeção, porque da parte da Câmara de Cantanhede, e certamente de todas as outras, será feita a mobilização dos meios e dos recursos necessários para que a operação de vacinação seja célere”.
A líder do executivo camarário cantanhedense anunciou ainda que vai “transmitir de imediato à Ministra da Saúde, à ARS – Centro, ao ACES – Baixo Mondego e à Delegada de Saúde a disponibilidade e o interesse da autarquia em colaborar ativamente na vacinação, como de resto tem feito em todas as ações de combate contra a Covid-19, ficando, entretanto, a aguardar pelas orientações que vierem a ser emanadas nesse sentido”.
Cantanhede continua na lista dos municípios com risco muito elevado de contágio
Sobre a evolução epidemiológica no concelho, a Comissão Municipal de Proteção Civil analisou os números recebidos da Direção Geral da Saúde, segundo os quais Cantanhede continua na lista dos municípios com risco muito elevado de contágio, situação que se estende a quase todo o território nacional, uma vez que existe cada vez maior dificuldade em identificar e controlar as cadeias de transmissão do vírus.
O Município tem vindo a realizar testes serológicos a instituições e entidades que congregam um número elevado de pessoas e que por isso estão mais expostas a um potencial risco de contágio. São já mais de 10.000 os testes serológicos realizados, com enfoque particular em grupos populacionais mais expostos ao risco de contágio, nomeadamente as escolas e IPSS, Bombeiros Voluntários e GNR, entre outras entidades. Entretanto, a campanha foi também alargada aos utentes dos centros de dia das instituições de solidariedade, à medida que estas valências retomavam a sua atividade, de modo a sinalizar qualquer caso de infeção que ocorra e evitar o seu alastramento através de medidas preventivas que permitam manter os idosos em segurança.
Tendo em conta o elevado número de pessoas testadas e a perspetiva de que a crise pandémica poderá agudizar-se ainda mais, a autarquia procedeu à aquisição de mais testes, no sentido assegurar a realização regular de rastreios.
A este propósito, a presidente da Câmara Municipal reiterou a ideia de que “o combate à Covid-19 é uma batalha a que nenhuma entidade ou organização se pode furtar. Por isso, sendo os testes serológicos uma primeira linha de despistagem de eventuais casos de Covid-19, decidimos colaborar com as entidades responsáveis pela gestão sanitária da crise, nomeadamente a ARS-Centro, o ACES-Baixo Mondego e a Delegada de Saúde, neste caso com a realização de rastreios tão alargados quanto possível. Além disso a autarquia tem procedido ao fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual, máscaras e gel às IPSS e atribuiu às juntas de freguesia um subsídio também para esse fim”.
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