As corporações de bombeiros do Distrito de Aveiro foram, no país, as que recolheram mais pilhas e equipamentos elétricos usados durante o ano passado ao abrigo da campanha “Quartel Eletrão”.
Com um total de 259 toneladas daquele resíduos, Aveiro contribuiu assim de forma substancial para o total de 2.029 toneladas recolhidas no país. Destaque para os Bombeiros Voluntários de Anadia, que recebeu o Prémio Regional Centro (Aveiro, Coimbra e Viseu) pela recolha de 52 toneladas.
Os bombeiros portugueses atingiram um máximo histórico de recolha de pilhas e equipamentos eléctricos usados em 2020, durante a pandemia, no âmbito da campanha “Quartel Electrão”, alcançando um total de 2.029 toneladas.
Este é o valor mais alto registado nas cinco edições desta iniciativa do Electrão – Associação de Gestão de Resíduos. O resultado mais próximo foi registado na campanha de 2011, ano em que foram recolhidas 1.802 toneladas de pilhas e equipamentos eléctricos usados.
Nos primeiros três meses de 2020 as recolhas rondaram as 113 toneladas por mês, em média. Os valores decresceram para as 68 toneladas em Abril, como consequência do confinamento, mas voltaram a subir logo em Maio, registando um crescimento até ao final do ano com valores a ultrapassarem as 200 toneladas. Em novembro, o último mês da campanha, atingiu-se o pico com os quartéis a reunirem globalmente, nesse mês, 277 toneladas.
Bombeiros de Anadia em destaque
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amarante é a grande vencedora desta 5ª edição do “Quartel Electrão” pela terceira vez consecutiva. A associação reuniu ao longo de 2020 um total de 145 toneladas. O prémio é um veículo ligeiro de combate a incêndios tipo florestal no valor de cerca de 54 mil euros. A cerimónia de entrega de prémios decorreu esta quinta-feira, de forma simbólica, com uma sessão online que foi transmitida no canal Youtube do Electrão.
O segundo prémio coube à associação da Figueira da Foz, que recolheu 64 toneladas. Este quartel recebeu cinco mil euros convertíveis em equipamentos de protecção florestal.
Uma novidade desta 5ª edição foram os prémios atribuídos por regiões, que correspondem às áreas de recolha dos equipamentos. Os vencedores destas categorias receberam 750 euros em cartões pré-pagos de combustíveis.
O Prémio Regional Ilhas (Açores e Madeira) foi entregue à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Madalena, que reuniu 32 toneladas. O Prémio Regional Sul (Beja e Faro) foi arrecadado pelos Bombeiros de Vila Real de Santo António, que garantiram 47 toneladas para a campanha do “Quartel Electrão”.
Já o Prémio Regional Lisboa e Vale do Tejo (Évora, Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal) coube à associação de Peniche, que deu um contributo de 52 toneladas. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres, que recolheu 27 toneladas, alcançou o “Prémio Regional Interior” (Castelo Branco, Guarda e Portalegre).
O Prémio Regional Centro (Aveiro, Coimbra e Viseu) foi atribuído aos Bombeiros de Anadia, que recolheram 52 toneladas, e o Prémio Regional Norte (Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real) foi entregue à associação de Lordelo, que assegurou a recolha de 44 toneladas.
O Prémio Novo Aderente, criado para incentivar a adesão à campanha por parte de novos quartéis, coube à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola. Esta foi a associação estreante, de entre 26, que reuniu a maior quantidade destes resíduos nesta última edição: 55 toneladas. Receberá 750 euros em cartões pré-pagos de combustível.
A associação que recolheu mais pilhas foi Agualva-Cacém, com 2,2 toneladas, e receberá por isso 1500 euros convertíveis em equipamento de protecção. O mesmo prémio receberá ao quartel que recolheu mais lâmpadas: Marco de Canavezes, com 2,2 toneladas recolhidas.
“Neste ano atípico registámos uma adesão muito significativa da população. Este foi, porventura, um tempo de introspeção sobre os valores ambientais. Foi também uma oportunidade para arrumar a sua casa dando o correcto encaminhamento aos equipamentos fora de uso, protegendo o ambiente, a saúde humana e ajudando a associação da terra”, congratula-se o director-geral do Electrão – Recolha e Reutilização, Ricardo Furtado.
Os resíduos recolhidos são encaminhados pelo Electrão para reciclagem em empresas portuguesas, contribuindo para manter postos de trabalho e aumentar o PIB nacional nesta altura tão difícil para a economia, sublinha Ricardo Furtado.