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Bairrada // Cantanhede  

Contador eléctrico registava consumo três vezes superior

Um contador de electricidade da EDP, instalado numa moradia em Vilamar, Cantanhede, estava a registar consumos eléctricos três vez mais do que na realidade acontecia. Perante uma factura de 802 euros, Filipe Marques, proprietário da casa, desconfiado de que algo não estava bem, resolveu instalar, por conta própria, um outro contador entre a saída do contador da EDP e a entrada do quadro eléctrico.
Filipe Marques nem queria acreditar quando descobriu que o contador da EDP registava consumos três vezes superiores ao que na realidade acontecia. O lesado justifica que, desta forma, conseguiu encontrar explicação para a factura de 802 euros de energia eléctrica, mas não evitou que o dinheiro fosse levantado da sua conta bancária.
Filipe Marques conta que tudo começou, no mês passado, quando recebeu a factura de 802,47 euros, e que após ter feito as contas, pelo novo acerto, iria começar a pagar, em vez dos habituais 53 euros, 117 euros. Diz que, perante a evidência, de que algo não estava bem, resolveu fazer leituras várias vezes por dia. “Entre as 9h e as 19h, quando não ficava ninguém em casa, o contador registava uma média de 1 Kw/h. Só tenho um frigorífico, uma arca frigorífica e um pequeno aquário ligados em permanência, mas mesmo assim todos juntos, quando ligam, não gastam mais de 300 W/h.”
Perante os dados que recolheu, resolveu contactar a EDP, na Loja do Cidadão, mas diz que “tiravam o rabinho da seringa, argumentando que o problema era o meu consumo, uma vez que as leituras estavam correctas”.
Filipe Marques não baixou os braços e insistiu até que a situação fosse resolvida. Afirma que, “estranhamente, a EDP pediu 200 euros para que o contador fosse sujeito a uma aferição”. “Não entendo. O contador é da EDP, pago o aluguer e ainda pedem 200 euros para que o mesmo seja aferido”, desabafa Filipe Marques.
Entretanto, com o acumular de queixas, a EDP resolveu trocar o contador e mandá-lo para aferição. Agora, Filipe Marques afirma que não vai retirar o seu contador eléctrico do quadro. “Custou-me só 20 euros e passa a ser um instrumento obrigatório”, sublinhado ainda que vai cancelar o pagamento por transferência bancária.
JB não conseguiu ouvir a EDP mas sabe que, entretanto, a verba cobrada a mais já foi devolvida a Filipe Marques.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt