O Jornal da Bairrada surge em 1951, e um olhar atento nos primeiros números, revela-nos uma década em que as questões da agricultura eram tema sempre presente.
Numa região onde predominava a vinha, verificava-se a dispersão da produção de uvas e de vinho, havendo um elevado número de produtores (em minifúndio) e um igualmente elevado número de pequenas adegas.
Nas décadas de 50 e 60, nota-se um esforço de concentração da oferta de vinho, com a criação de mais de uma centena de adegas cooperativas distribuídas por todo o país. Na Bairrada, a primeira a ser fundada é a Adega de Cantanhede, em 1954, e foi a única que vingou até aos nossos dias.
Para além da vinha e do vinho, a Bairrada, fazendo o melhor aproveitamento do clima favorável e da fertilidade dos seus solos, apostava noutras culturas. As preocupações relacionadas com o escoamento da batata ou o preço do leite ocupavam páginas e páginas do Jornal da Bairrada da altura.
As cooperativas agrícolas começavam a surgir como a solução para muitos agricultores, que viam nestas a única via para comercializar os seus bens.
A fundação da Cooperativa Agrícola de Anadia – que nasceu como Grémio da Lavoura de Anadia -, mais tarde a Calcob e alguns anos depois, a Kiwicoop, são momentos que recordamos nesta reportagem.
O papel das cooperativas no momento atual e no futuro foi o que procurámos saber junto dos seus responsáveis.
Para ler na edição de 25 de fevereiro do Jornal da Bairrada