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Economia // Vagos  

Vagos lamenta a não inclusão da ligação A17 às zonas industriais e A25 no PRR

Vagos tinha “fundadas expectativas”, uma vez que este projeto estava enquadrado, no âmbito da CIRA, no eixo das “Vias para a Competitividade”, ao abrigo do PIMTRA.

O Município de Vagos manifestou o seu desagrado pelo facto de não ter sido integrado no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), para financiamento, o projeto de ligação da A17-Zona Industrial de Vagos (ZIV)-Zona Industrial da Mota-A25. Uma obra que o Município considera “de grande importância para que o concelho possa tirar partido das vantagens comparativas em relação a outras ofertas, possibilitando uma aposta ainda mais forte na atração de investimento para Vagos e que iria trazer significativos ganhos logísticos às empresas sediadas na ZIV”.

Vagos tinha “fundadas expectativas” nesse sentido, uma vez que este projeto estava enquadrado, no âmbito da CIRA, no eixo das “Vias para a Competitividade”, ao abrigo do Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes (PIMTRA), que define um conjunto de vias estruturantes de sustentabilidade dos acessos a áreas de localização empresarial da Região de Aveiro. Recorde-se que este projeto inclui, igualmente, a construção de vias cicláveis, tendo em conta e privilegiando a mobilidade suave e, por inerência, a proteção e salvaguarda do meio ambiente, que é, de resto, uma das preocupações vertidas no PIMTRA.

“Lamentamos que esta expetativa tenha sido inteiramente gorada, com claro prejuízo para a captação de investimento, para os empresários e consequentemente para o dinamismo industrial que se pretende seja cada vez mais desenvolvido no concelho de Vagos”, manifesta o Município.

No que respeita ao que foi recentemente mencionado pelo documento “Parecer e Contributos da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro” para o PRR, ao nível da “Qualificação da Ria de Aveiro, Defesa Costeira e Gestão das Alterações Climáticas”, o Município de Vagos sublinha também a necessidade da prossecução do investimento necessário na defesa da orla costeira, nomeadamente nas zonas de maior risco, sobretudo neste concelho, mas também nos outros Municípios costeiros da CIRA. Este tem que ser considerado um “verdadeiro desígnio nacional de defesa do território” e, atendendo à especificidade destas zonas “é imperioso promover a capacitação, competência e resiliência para as alterações climáticas”.

A finalizar, a Câmara de Vagos considera que a participação dos Municípios e das suas Associações, “como unidades do Estado com maior reconhecimento do seu território e dos seus cidadãos é fundamental para uma execução adequada do PRR”. No entanto, “registamos que, lamentavelmente, a sua participação não tem o relevo desejado”.