O movimento cívico UPOB (Unidos por Oliveira do Bairro) não vai apresentar-se a votos nas próximas autárquicas, por entender não estarem reunidas condições para a apresentação de uma candidatura, disse o movimento na noite desta segunda-feira.
Este grupo de cidadãos eleitores, constituído para as autárquicas de 2017, assegura que para esta decisão agora tomada “muito contribuíram as incertezas do enquadramento legal das candidaturas independentes na Lei Eleitoral”.
Numa nota avançada na noite de segunda-feira, em resultado de uma assembleia-geral realizada a 6 de março, o UPOB alega que “os avanços e recuos do legislador sem que nada de prático tenha sido apresentado, além de protelarem a definição clara das regras, demonstram o quão frágil e discricionária pode ser a conceção da Lei Eleitoral, um pilar fundamental da democracia”.
“O processo de construção de uma candidatura por um grupo de cidadãos eleitores é um processo extremamente complexo, agravado este ano pela pandemia que vivemos. A exigência de tão elevado número de proponentes por candidatura e recolha das respectivas assinaturas na proporção que a Lei agora exige representa um desrespeito por todas as preocupações sanitárias e consequentes restrições que nos têm sido exigidas”, pode lêr-se no comunicado.
Por todas estas razões, o Movimento entende que “seria uma irresponsabilidade pedir aos apoiantes do UPOB um esforço e um risco tão elevado na construção de uma candidatura e de uma campanha sem sabermos com confiança e sem ambiguidades a decisão do legislador relativamente à Lei Eleitoral”.
O movimento promete que “continuará politicamente ativo e os eleitos nas suas listas irão desempenhar as suas funções até ao final do mandato com a mesma convicção e empenho de sempre”.
Nas Eleições Autárquicas de 2017 o UPOB elegeu um vereador, conquistou a Junta de Freguesia da Palhaça e foi a terceira bancada com maior representatividade na Assembleia Municipal.