Criado há cerca de dois anos, o grupo SOS Lagoa do Paúl, de Ancas, equaciona vir a constituir-se em associação.
A vontade é grande e já paira na cabeça de Hugo Seabra – mentor e impulsionador da preservação da Lagoa do Paúl – há alguns meses.
O jovem de Ancas dá os exemplos da Lagoa de Torres e do Lago de Chipar de Cima, geridos por associações, todavia reconhece que uma solução semelhante para Ancas teria de passar pelo apoio da Junta de Freguesia da UF de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas e ajuda da Câmara Municipal de Anadia. Hugo Seabra frisa que quem preserva, guarda e faz alguma vigilância no local são pessoas da terra, sobretudo jovens “que dispõem do seu tempo livre para cuidar deste património, porque é nosso”.
O renascer da Lagoa
Facilmente em contacto uns com os outros, através das plataformas digitais, recorda que foi assim, há mais de dois anos, que o grupo nasceu para “salvar” a Lagoa de uma morte anunciada. Jovens voluntários, quais verdadeiros guardiões da Lagoa e que tudo têm feito pela reabilitação daquele espaço.
Hugo Seabra recorda que a área esteve ameaçada quando os canais que alimentavam a Lagoa deixaram de ser limpos e as regueiras abandonadas.
“Numa altura em que se comentava que a Lagoa estava a morrer porque não havia circulação de água, um grupo de pessoas decidiu ir ver o que se passava”, lembra, destacando que foram as pessoas mais idosas da aldeia a explicar como a lagoa era alimentada no passado por uma vala que era gerida pelos agricultores que a limpavam regularmente porque precisavam da água para regar. Ora, assim que os campos foram sendo abandonados, a limpeza deixou de se fazer.
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