Foi no Largo do Barreiro, no Silveiro, na Queima do Judas, atividade organizada por um grupo de jovens e amigos da terra, que o Grupo de Cantares do Silveiro se apresentou em público pela primeira vez. Paulo Martins recorda bem esse momento “e com profundo sentimento”. “Já tínhamos feito alguns ensaios e tivemos a coragem necessária para, nesse dia, perante a nossa população, nos apresentarmos publicamente”, já lá vão 35 anos.
O grupo nasceu de forma fortuita, sem critério sobre conhecimentos musicais dos seus elementos. “Quem mostrou vontade fez parte da sua génese”. Desde a fundação, já por ali passaram 37 elementos e Paulo Martins não tem dúvidas de que o êxito e a “maravilhosa história” dos Cantares do Silveiro são o somatório do contributo de todos.
Paulo Martins lembra com saudade, um dos pilares do grupo, o seu pai, Professor Élio Martins, cuja perda foi uma das suas maiores provações. “Foi o nosso baluarte, o nosso Mestre e a nossa referência. Foi sob a sua sabedoria e liderança, que os Cantares do Silveiro cresceram qualitativamente e alcançaram lugar de destaque na cultural musical popular da região.”
O seu nome é recordado de forma constante nas atuações e tertúlias, bem como outros elementos, que fizeram parte desta história e já não estão entre nós: Laura Pires, Bráulio Baptista, Óscar Marques e Manuel Miranda.
Em 35 anos, o grupo já lançou sete discos e já passou fronteiras 26 vezes, para atuar em países como Espanha, França, Suíça, Bélgica, Luxemburgo, Liechtenstein e Brasil. No total, são já mais de 900 atuações.
Leia a reportagem completa na edição de 1 de abril de 2021 do Jornal da Bairrada
Oriana Pataco