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Águeda // Sociedade  

Espelho de água do Rio Águeda este ano só surgirá em julho

Os níveis de água estão baixos durante todo este mês para a execução das obras de controlo das cheias na cidade.

As obras referentes ao sistema de drenagem da cidade estão agora numa nova fase, que passa pela construção da ligação da nova estação de bombagem ao Rio Águeda, o que implica que os níveis freáticos estejam o mais baixos possível. Esta é a razão pela qual atualmente se vê o Rio Águeda com pouca água e sem o já habitual espelho de água.

Estas obras implicam a demolição parcial do muro do rio e a fixação de uma estrutura no seu subleito, que fará a ligação de escoamento de águas dos coletores pluviais e estação elevatória, atualmente em construção no Largo 1.º de Maio.

“Não podemos subir agora o rio. É imperativo que o nível das águas esteja baixo para que este trabalho possa ser feito, pelo que a subida do açude só poderá acontecer em julho”, disse Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda.

Esta obra, nuclear para o sistema de proteção da baixa da cidade às cheias, recorre a um conjunto de técnicas que permitirão fazer o escoamento das águas pluviais que chegam a esta zona, e não escoam naturalmente para o rio em situação de cheia. Esta solução “à holandesa” permitirá que, nestes casos, mesmo as zonas mais baixas que o nível do rio não sejam inundadas.

A empreitada, iniciada em setembro do ano passado e que conta com um investimento de 1,4 milhões de euros (com financiamento de fundos europeus em 75%), irá permitir melhorar as condições estruturais da rede e mitigar os riscos de inundações.

O presidente da Câmara de Águeda, realçando a importância das obras em curso, apela à compreensão quanto aos constrangimentos causados pela intervenção, nomeadamente no que se refere ao impacto visual de observar o Rio Águeda com uma cota de água mais reduzida. “Temos de perceber que para que esta obra seja executada e intervir no leito no rio é necessário esta condicionante. O resultado final e os ganhos na qualidade de vida justificam o esforço que agora é exigido de todos”, frisou.

A solução que está a ser aplicada passa pela implantação de novos coletores pluviais com maior capacidade na Av. 25 de Abril e nas ruas Rio Grande e Celestino Neto, que serão ligados a poços e a uma estação elevatória, com bombas e um grupo gerador de grande dimensão, que estão a ser instalados no Largo 1.º de Maio. Em termos práticos, toda a água da chuva faz o seu curso natural, escoando para a baixa da cidade, sendo drenada pelos vários coletores para a nova estação elevatória que, através de um sistema de bombagem, a descarregará no rio a jusante.

Para além da rede de coletores e da nova estação elevatória, vão ser aplicadas válvulas de maré, que impedem que o refluxo das águas do rio.

Refira-se que esta empreitada tem um prazo de execução de 365 dias e implica um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros (1.414.353,50 euros), acrescidos de IVA, com um financiamento comparticipado por fundos europeus em 75% (ao abrigo do POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência de Recursos).