No passado sábado dia 5, Dia Mundial do Ambiente, o GEDEPA – Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente da Região da Pampilhosa – com o envolvimento de outras Instituições pampilhosenses (Grémio de Instrução e Recreio, Cruz Vermelha, Grupo de Escuteiros) e da Junta de Freguesia de Pampilhosa – promoveu uma ação de limpeza nos terrenos da Fujaca, localizados no extremo sul da freguesia, paredes meias com a freguesia de Botão (Coimbra).
Com a recente aquisição por parte do GEDEPA de uma parcela de terreno, na qual se situam os antigos fornos da cal, que remontam à época do grande desenvolvimento industrial da Pampilhosa do início do século XX, surgiu a intenção de reabilitar o local para espaço de lazer e de evocação histórica, com a futura instalação de um pequeno núcleo museológico e espaço de recreio, com área para parque de merendas, instalações sanitárias e percursos e trilhos para trail/caminhadas.
No sábado procedeu-se à continuação deste processo de reabilitação da zona, com a recolha, por parte de cerca de 30 voluntários, de detritos deixados nos últimos anos pela “população menos informada e talvez um pouco desleixada”, que foi depositando lixo pelos vários caminhos que serpenteiam aquela região. “Falamos essencialmente de entulho de obras, mas também material de fibrocimento e amianto, louça sanitária, mobiliário, colchões, bicicletas, televisores e rádios, garrafas de vidro e plástico, peças de automóveis e motorizadas, pneus, eletrodomésticos de grande porte, etc”, refere o GEDEPA.
“Julgamos ser importante esta chamada de atenção para que, de uma vez por todas, a população deixe de ter este trabalho de se deslocar, por vezes pela calada da noite, por estes caminhos, durante várias centenas de metros, para despejar este material. É importante relembrar que as Juntas de Freguesia de Pampilhosa e Souselas/Botão, bem como as respetivas Câmaras Municipais de Mealhada e Coimbra, dispõem de mecanismos de recolha destes resíduos, para serem devidamente tratados. São mecanismos legais, ao contrário desta conduta ilegal e tão prejudicial ao Meio Ambiente e a todos nós”, continua a associação.
O trabalho de reabilitação deste parque temático vai continuar. Qualquer interessado em ajudar pode contactar a direção do GEDEPA ou a Junta de Freguesia.