Pegar no cinema para transformar socialmente pessoas vulneráveis é o ponto de partida para um projeto que vai juntar a Câmara de Águeda e a CERCIAG com Ribeira Sacra e Rias Baixas (Galiza) na produção de um documentário e uma longa metragem. O objetivo é recolher histórias carregadas de emoção, contadas na primeira pessoa, para dar testemunho à sociedade, que por vezes passa ao lado de duas problemáticas sociais agudizadas pela pandemia: a solidão e a violência do género.
O cineasta galego Rúben Riós, responsável do projeto e que fará a ponte entre Portugal e Espanha, esteve em Águeda, na semana passada, para explicar os planos para este objetivo, que deverá estar completo dentro de 2 anos.
Rúben Riós, que criou o método “Máis ca Vida”, pretende que este projeto – que consiste numa experiência única e enriquecedora destinada a mulheres vítimas de maus-tratos – possa permitir que o cinema e as artes cénicas sejam entendidos como uma ferramenta para a transformação social e capacitação laboral de indivíduos em situações de exclusão ou vulnerabilidade social.
Seguindo aquele método, o cineasta escolheu diversas localizações em Ribeira Sacra, Rías Baixas e Águeda, para desenvolver este trabalho com mulheres vítimas de violência do género e de solidão e isolamento, com o fim de relatarem os seus testemunhos no documentário a ser produzido para “romper barreiras e estereótipos no âmbito da incapacidade”. Depois disto, estas imagens recolhidas servirão, de forma indireta, a um guião para um filme ficcionado, mas baseado em vidas reais, juntando atores e atrizes de renome dos dois lados da fronteira.
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