A Bairrada poderá, este ano, registar um volume total de 20 milhões de litros de vinho produzido, valor semelhante ao do ano passado, ainda que 2021 fique marcado por um ligeiro atraso no início da vindima, que se deverá prolongar até meados de outubro.
A instabilidade climática (chuva e menos horas de sol) atrasaram o desenvolvimento de algumas castas. Ainda assim, as perspetivas são para um ano de grande qualidade em matéria de vinhos brancos.
Nos tintos, as chuvas que se fizeram sentir nos últimos dias estão a causar alguma preocupação mas até ao momento os indicadores são animadores.
A vindima, que começou em agosto, com a colheita das uvas que vão servir de vinhos base aos espumantes da região, só terminará por outubro adentro.
Para já, José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVR Bairrada) avança que a colheita dos brancos revela uma ligeira quebra quantitativa.
“Nas uvas brancas vamos ter cinco a dez por cento menos”, diz, ainda que acredite que nas castas tintas os números deverão assemelhar-se quantitativamente aos registados em 2020.
Já em matéria de qualidade, nos vinhos brancos e rosados, este responsável avança que o ano de 2021 “é muito bom, de grande qualidade”. Quanto aos tintos, “as chuvas que se fizeram sentir, sobretudo na última semana, estão a causar alguma preocupação”.
Por isso, explica que “até às chuvas, o que estava vindimado é também muito bom. Vamos agora perceber como é que estas chuvas e este tempo mais fechado influenciam o resto da colheita”.
Pela frente estão mais duas a três semanas de vindimas, já que por estes dias os tintos vindimados rondam apenas 20% a 25% da safra.
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