António Morgado conquistou o segundo melhor resultado de sempre para Portugal em provas de fundo para juniores em Campeonatos do Mundo, sendo o sexto classificado na corrida de 121,8km, disputada em Lovaina, Flandres, Bélgica.
Num circuito plano, apenas com quatro topos mais exigentes a quebrarem o ritmo, a alta velocidade foi a maior dificuldade enfrentada pelos corredores portugueses. A média final, superior a 44,6km/h atesta a exigência da corrida, na qual as seleções mais rodadas internacionalmente tiveram a vantagem da experiência.
António Morgado e Gonçalo Tavares foram os ciclistas portugueses que se adaptaram melhor às adversidades, permanecendo no pelotão da frente. No entanto, acabaram sujeitos a um desgaste adicional, pois nas fases planas da prova não conseguiam manter-se bem posicionados, tendo constantemente de recuperar posições no seio do grupo.
Apesar deste trabalho de constante recolocação, António Morgado teve forças para inserir-se no sprint pelo quarto lugar, uma vez que os três primeiros pedalavam já adiantados na discussão das medalhas. O ciclista das Caldas da Rainha soube explorar a roda dos adversários na reta da meta, em ligeira subida, sprintando para o sexto lugar, o segundo melhor de sempre para o país em provas de fundo para juniores dos Mundiais, apenas suplantado pelo quinto posto de Daniel Freitas, em 2009, na Rússia.
António Morgado cruzou a meta a 24 segundos do norueguês Per Strand Hagenes, que concluiu a prova isolado, ao fim de 2h43m48s.
Gonçalo Tavares também ficou a 24 segundos do campeão mundial, no 22.º lugar, após uma corrida, à semelhança da de António Morgado, em que a colocação foi a grande pecha.