As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) para as escolas do 1.ºCEB já estão a funcionar, no concelho de Anadia, ainda que a meio gás. Segundo apurámos, junto do Agrupamento de Escolas de Anadia, as AEC vão funcionar em moldes diferentes do habitual, o que já está a causar alguma polémica.
É que as escolas com um máximo de 25 alunos (escolas de um e dois lugares) vão, nas AEC, ao contrário do que acontecia no passado, contar com uma actividade por dia. Os tradicionais dois blocos de 45 minutos passam a ser ocupados por uma só actividade destinada aos quatro graus de ensino. Assim, haverá uma actividade por dia e não as duas habituais. Nos cinco dias por semana haverá dias específicos para cada uma das actividades: “Dia do Inglês, da Música, das Expressões, da Actividade Física” e para todas as crianças dessas escolas em simultâneo, do 1.º ao 4.º ano.
Uma solução que está a desagradar a pais e professores, que não vêem grandes benefícios neste modelo para as crianças. Fora deste esquema estão as Escolas de Anadia, Paredes do Bairro e Mogofores, que têm IPSS a assegurar as AEC e todas as escolas com mais de 25 alunos que conseguem, assim, manter os dois blocos com AEC diferentes.
De acordo com o Agrupamento de Escolas de Anadia, só falta contratar alguns docentes de Música para colmatar todas as necessidades.
Depois de ter sido anunciado que começariam até ao dia 4 de Outubro, anúncio que passou para o dia 15, parece que é desta que as AEC arrancam, ainda que não seja a cem por cento.
Os estabelecimentos de ensino do 1.º CEB do concelho vão ter como AEC: Inglês, Actividade Física e Desportiva, Música, Expressões e Apoio ao Estudo, este último assegurado pelos professores das escolas.
Os docentes contratados, a saber 28, reuniram no passado dia 15 com a direcção do Agrupamento de Escolas de Anadia e Universidade de Aveiro.
O presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Escolas de Anadia, Arsénio Almeida, avança que o atraso acarretou transtornos para todos e que agora é necessário aferir da qualidade das AEC ou seja, ver se o programa vai ser seguido, de igual forma, pelos docentes contratados e pelas IPSS.
Acrescente-se que o concelho está sem AEC desde o arranque do ano lectivo, a 13 de Setembro, depois da Câmara Municipal ter rejeitado assumir a organização das mesmas, por não poder contratar os docentes a recibo verde. Os mesmos docentes, curiosamente, agora contratados, a recibo verde, pela Universidade de Aveiro.
Catarina Cerca